Qual é o papel dos monumentos para a memória da história no Brasil
Neste episódio do podcast Entre Vozes, Luciana Barreto revela como estátuas costumam refletir versões discutíveis de personagens e acabam ignorando outras
Os monumentos representam a memória da nossa sociedade. Através deles, conhecemos as histórias que foram deixadas por quem teve o poder de construir uma narrativa e consolidá-la ao longo do tempo. Mas, muitas vezes, esses tributos apresentam apenas uma versão da história, isso porque as pessoas, culturas e lugares possuem diferentes interpretações, a depender do ponto de vista de quem descreve os acontecimentos.
Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto revela detalhes de como nasceu “o mito dos Bandeirantes” e como os livros e monumentos históricos buscaram perpetuar a versão de que eles eram heróis desbravadores – algo que, hoje, é motivo de contestação. Para isso, convidamos a historiadora e feminista negra Angélica Ferrarez de Almeida, que há anos realiza pesquisas sobre temas como raça, memória e patrimônio. Ela nos ajuda a entender a importância de também se debater quais monumentos o Brasil deixou de erguer ao longo da história, e como isso contribui para a invisibilização de personagens importantes do país.
Além de Angélica, o episódio conta também com a participação de Cássia Caneco, educadora que coordenou um levantamento realizado em São Paulo, que tinha como objetivo verificar quantos monumentos existiam na cidade e a quem eles eram dedicados. Segundo ela, o resultado não surpreende: “Dos 367 monumentos que São Paulo tinha até setembro de 2020, só cinco homenageavam pessoas negras”.
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(* Publicado por Diego Toledo)