Polícia investiga se Mancha Verde teve apoio de organizada do Paraná em emboscada
Torcedores da Máfia Azul teriam sido perseguidos desde que deixaram estádio após jogo no Paraná
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Ônibus com torcedores do Cruzeiro foi atacado no interior de SP • Reprodução
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Ônibus com torcedores do Cruzeiro foi atacado no interior de SP • Reprodução
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Integrantes da Mancha atearam fogo contra ônibus da Máfia Azul • Rafael Oliva/Itatiaia
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Integrantes da Mancha atearam fogo contra ônibus da Máfia Azul • Reprodução
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Ônibus com torcedores do Cruzeiro foi atacado no interior de SP • Reprodução
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O homem de 30 anos, morador de Sete Lagoas (MG), morreu após lesões causadas por barra de ferro, de acordo com informações da Itatiaia. Ele deixa um filho de 10 anos. • Reprodução
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Ônibus com torcedores do Cruzeiro foi atacado por torcedores da Mancha Verde, no interior de SP, • Reprodução
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Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha Verde • Reprodução
Enquanto policiais tentam prender os seis membros da torcida organizada Mancha Verde, apontados como mentores e responsáveis pelo ataque que terminou com a morte de um torcedor da organizada Máfia Azul, em uma emboscada no último domingo (27), na cidade de Mairiporã, interior de São Paulo, investigadores tentam esclarecer se outra torcida teria participado do esquema.
Um documento da investigação, ao qual a CNN teve acesso, aponta que policiais que atuam no caso receberam a informação de que torcedores da Máfia Azul teriam sido perseguidos desde o momento em que os dois ônibus que ocupavam deixaram o estacionamento do estádio onde aconteceu o jogo entre Athletico e Cruzeiro, no último sábado (26).
Ainda não há confirmação sobre quem teria perseguido o veículo e supostamente atuado como batedor até a emboscada final, que aconteceu na altura do quilômetro 65 da Rodovia Fernão Dias, mas o documento destaca o possível envolvimento de outra torcida e uma possível influência do presidente da Mancha Verde, Jorge Luiz Sampaio, sobre esta.
“Se for constatado envolvimento de membros de torcida organizada do Estado do Paraná apoiando os atos criminosos até aqui apurados, demonstrando que exerce liderança ativa e de relevância em outros Estados somente confirma o crescimento, envolvimento e liderança a frente da torcida”, diz trecho do documento.
O relatório da polícia civil também aponta que o vice-presidente da torcida, Felipe Santos, foi visto próximo ao local onde aconteceu o confronto duas horas antes, o que indica que possivelmente, já estava se preparando para a emboscada. Para a polícia, não restam dúvidas de que Felipe foi um dos líderes do planejamento da ação, com Jorge, no último domingo.
Prisão decretada
Na tarde de ontem (30), a Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de Jorge Luiz Sampaio, Felipe Santos, Neilo Ferreira e Silva, Leandro Gomes dos Santos, o “Leandrinho”, Henrique Moreira Lelis, conhecido como “Ditão Mancha” e Aurélio Andrade de Lima.
Eles são os principais líderes da torcida e seriam os responsáveis pelo ataque. Até o momento, ninguém foi preso.
Outro lado
A CNN entrou em contato com a Mancha Verde sobre os pedidos de prisão e o relatório da Polícia Civil e aguarda retorno. Procurada, a defesa de Jorge Luiz disse que até o momento não teve acesso ao inquérito e, que no momento, não se pronunciaria sobre o pedido de prisão. A CNN tenta também contato com a defesa de Felipe Santos. As defesas dos demais citados não foram encontradas. O espaço segue aberto.