Policiais envolvidos na morte de João Pedro são afastados das ruas no Rio
Adolescente foi baleado durante operação policial realizada em São Gonçalo, dia 18 de maio
Os três policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais envolvidos na morte do adolescente João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, foram afastados das ruas, segundo nota divulgada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (25).
Uma reconstituição será marcada para tentar esclarecer como o jovem foi baleado dentro de casa, no último dia 18, durante operação conjunta das polícias Civil e Federal.
As informações divulgadas pela Polícia Civil apontam que os policiais, afastados do serviço operacional provisoriamente, irão atuar em atividades administrativas.
“A Corregedoria Geral de Polícia Civil (CGPOL) informa que três policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) que participaram da operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, foram afastados do serviço operacional provisoriamente. Os agentes continuarão na Core, exercendo atividades administrativas. A CGPOL instaurou sindicância administrativa disciplinar para apurar a conduta dos policiais civis que participaram da ação”, diz a nota.
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Investigações
Até esta segunda-feira, já foram ouvidos seis policiais civis que participaram da ação e os pilotos da aeronave que socorreu o jovem, além de duas testemunhas. Para esta semana, estão previstos ainda os depoimentos do bombeiro socorrista, de outros policiais que participaram da operação e de parentes da vítima, além de outras testemunhas.
Foi enviado ofício à Polícia Federal solicitando informações sobre o planejamento operacional e os objetivos desta operação.
Os agentes analisam os laudos de perícia do local e de necropsia e aguardam o de confronto balístico.
Uma reprodução simulada está prevista para depois da conclusão dos depoimentos e laudos periciais.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí conduz as investigações deste caso. Humanos da Defensoria Pública, que está assistindo a família, e o Ministério Público irão acompanhar a reprodução simulada.
Com Agência Brasil