Pressionado por lotação de ônibus, secretário de transportes de SP pede demissão
Na última segunda-feira (8), prefeito Bruno Covas deu cinco dias para Edson Caram garantir que linhas da cidade circulariam apenas com passageiros sentados

Na última segunda-feira (8), em entrevista coletiva, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou ter dado um prazo de cinco dias para que o secretário municipal de Transportes, Edson Caram, garantisse que passageiros trafegariam apenas sentados nos ônibus da capital, para evitar aglomerações. Findado o prazo, Caram pediu demissão nesta sexta (12).
Segundo nota divulgada pela Prefeitura de São Paulo, Covas aceitou a saída do secretário e pediu “que Caram permaneça no cargo por mais alguns dias, até a escolha de um substituto para a secretaria”. Na fala anterior, o prefeito havia dito que “se até sexta-feira ele não conseguir fazer isso, a partir da segunda é outro secretário que vai tentar”.
A restrição a passageiros em pé no transporte público municipal é medida de contenção da propagação do novo coronavírus na cidade.
A cidade de São Paulo vive uma fase de relaxamento da quarentena imposta em razão da pandemia. Nesta quarta-feira (10), o comércio de rua passou a poder abrir por quatro horas. Na quinta (11), foi a vez dos shoppings centers, também por quatro horas.
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Em entrevista à CNN, o prefeito Bruno Covas defendeu a manutenção de uma atuação a favor do distanciamento social apesar da flexibilização. “Não podemos achar que pandemia acabou”, argumentou.
“A população tem que entender que a pandemia não acabou, precisamos continuar a evoluir, para fase 3, 4, 5. Todos os cuidados que as pessoas tiveram até aqui precisam continuar, evitar aglomeração, deslocamentos desnecessários não devem ser feitos, têm que utilizar corretamente a máscara. Se em duas semanas os índices piorarem, vamos ter que voltar a fechar”, disse o prefeito.