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    Relembre outras operações contra manipulação de jogos de futebol

    Operação Penalidade Máxima teve três fases e resultou na punição de 16 jogadores

    Rafael Saldanhada CNN

    A Polícia Federal deflagrou uma operação contra a manipulação de jogos visando ganhar apostas esportivas, na manhã desta terça-feira (5).

    O principal alvo é o atacante do Flamengo Bruno Henrique, investigado por forçar dois cartões amarelos e ser expulso na partida entre Flamengo e Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023.

    A CNN apurou que, sabendo que o jogador provocaria ao menos um dos cartões, seu irmão, cunhada e prima criaram, na véspera da partida, contas em casas de aposta virtual e realizaram palpites focando especificamente na punição do atleta, obtendo, assim, ganhos indevidos.

    A Operação “Spot-fixing” é uma de diversas operações policiais contra a manipulação de jogos de futebol nos últimos anos no Brasil.

    Veja algumas ações recentes que combateram a prática ilegal:

    Operação Penalidade Máxima

    Realizada pelo Ministério Público de Goiás, a ação teve três fases e resultou na punição de 16 jogadores de futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

    O órgão investigou a interferência e/ou tentativa em resultados e aspectos de jogos do Campeonato Brasileiro de 2022 e 2023, nas séries A e B.

    Os campeonatos estaduais de Goiás, Paraíba, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul também foram alvos da investigação.

    Após a denúncia do MPGO, que foi aceita pela Justiça, o STJD puniu com grandes suspensões e multas 16 atletas pela manipulação de partidas.

    Veja abaixo a lista. 

    • Nino Paraíba (sem clube) – punido por 720 dias e multa de R$ 40 mil
    • Igor Cariús (Sport) – punido por 540 dias e multa de R$ 50 mil
    • Bryan Garcia (Independiente del Valle-EQU) – punido por 360 dias e multa de R$ 30 mil
    • Diego Porfírio (Desportiva Aliança-AL) – punido por 360 dias e total em multa de R$ 70 mil
    • Alef Manga (Coritiba) – punido por 360 dias e multa R$ 30 mil
    • Vitor Mendes (Fluminense) – punido por 430 dias e multa de R$ 40 mil
    • Sávio (Rio Ave-POR) – punido por 360 dias e multa de R$ 30 mil
    • Dadá Belmonte (América) – punido por 720 dias e R$ 70 mil
    • Thonny Anderson (ABC-RN) – não sofreu punição, mas levou multa de R$ 40 mil
    • Paulo Miranda (sem clube) – punido por 720 dias / multa de R$ 70 mil;
    • Moraes (Aparecidense-GO) – punido por 720 dias / multa de R$ 55 mil mantida;
    • Gabriel Tota (sem clube) – eliminação e multas mantidas;
    • Matheus Gomes (sem clube) – eliminado do futebol e multa de R$ 10 mil;
    • Fernando Neto (São Bernardo-SP) – punido por 360 dias e multa de R$ 15 mil;
    • Kevin Lomónaco (Tigre-ARG) – punido por 360 dias e multa de R$ 25 mil;
    • Eduardo Bauermann (Everton-CHI) – punido por 360 dias e multa de R$ 35 mil.

    Porém, três atletas foram absolvidos: Sidcley, Jesús Trindade e Pedrinho. As denúncias foram realizadas com base em três artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): Art. 191, Art. 243 e Art. 243-A.

    As três fases da Penalidade Máxima foram deflagradas em fevereiro, abril e novembro de 2023, respectivamente.

    Operação Jogo Limpo

    A partida de futebol entre os clubes C.A. Patrocinense (MG) e a Inter de Limeira (SP) pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro na Série D virou alvo da Polícia Federal (PF) por suposta manipulação de resultados.

    O time visitante, Patrocinense, perdeu de 3 a 0 contra o Inter, no jogo realizado no interior de São Paulo, no Estádio Major Levy Sobrinho, em 1º de junho de 2024, sendo investigado pela PF por suposta ligação com casas de apostas esportivas, ponto inicial da investigação.

    A apuração começou quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou um ofício à PF, via relatório da Sportradar, que reportou que a movimentação das casas de apostas indicou que os apostadores detinham conhecimento prévio de que determinada equipe perderia o primeiro tempo da partida por ao menos dois gols.

    Segundo a empresa, 99% das tentativas da rotatividade no mercado de “totais de gols do primeiro tempo” nesta partida foi para tal resultado. De fato, a partida teve o final esperado pelas apostas. O time mineiro levou 3 gols ainda no primeiro tempo, sendo um deles gol contra.

    A polícia apurou que uma determinada empresa de apostas teria firmado parceria com o Patrocinense e vários jogadores por ela agenciados foram contratados.

    Foram alvos da operação integrantes e ex-integrantes do Patrocinense. Segundo a PF, a investigação quer saber se houve influência de tais pessoas da empresa de apostas no resultado da partida.

    PF faz buscas em endereços ligados a Bruno Henrique; entenda operação

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