SP mantém exigência de uso de máscaras em locais abertos
Doria atendeu recomendação do Comitê Científico do governo após confirmação da variante Ômicron no estado
O governador de São Paulo, João Doria, decidiu, nesta quinta-feira (02), que será mantida a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos.
"Atendendo recomendação do Comitê Científico, o estado de SP vai manter a exigência do uso de máscara em espaços abertos. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução. O nosso maior compromisso é com a saúde da população", publicou Doria no Twitter.
A decisão foi tomada após a confirmação de casos da variante Ômicron do coronavírus no estado. O governo paulista pretendia flexibilizar a restrição a partir do dia 11 de dezembro.
"Na recomendação feita ao Governo de São Paulo, o Comitê Científico apontou que há incertezas quanto ao impacto da variante ômicron às vésperas do fim de ano. Os períodos de Natal e do Réveillon costumam provocar grandes aglomerações, o que facilita a transmissão de doenças respiratórias como a Covid-19", afirmou o governo estadual em nota.
A decisão do governo estadual paulista acontece no mesmo dia em que a vigilância sanitária recomendou que a capital São Paulo cancele o Réveillon.
Um estudo encomendado pela Prefeitura de São Paulo e feito pela vigilância sanitária recomendou que a capital paulista cancele o Réveillon e mantenha o uso obrigatório de máscaras.
O estudo foi enviado à CNN pelo secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido.
A expectativa é de que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que está em Nova York, nos Estados Unidos, com o governador João Doria, se pronuncie sobre o estudo ainda na manhã desta quinta (02).
“Em função da nova variante, passei o estudo para o prefeito Ricardo Nunes. O prefeito deve falar agora pela manhã, em Nova York, anunciando oficialmente o que a vigilância recomendou”, afirmou o secretário.
A expectativa é de que esse estudo da Vigilância fosse divulgado no próximo domingo, dia 5, mas foi antecipado pelas autoridades.
A análise da situação epidemiológica feita pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo, pontua que ainda não está claro se a nova variante do coronavírus Ômicron é mais transmissível, ou se causa Covid-19 mais grave. Mas indica que “evidências preliminares” sugerem risco aumentado de reinfecção.
O estudo recomenda um “fortalecimento da vigilância genômica para identificação da circulação de novas variantes”. A vigilância também pede que viagens não essenciais sejam evitadas, principalmente para locais onde a nova variante tem incidência significativa.
“Indicadores epidemiológicos e assistências seguem estáveis, no entanto, considerando o fato novo – surgimento da variante Ômicron –, […] já com diagnóstico em vários continentes e casos confirmados nesta capital de São Paulo, neste momento recomendamos: manter o uso de máscaras obrigatório; intensificar o processo de imunização da população”, conclui o estudo.