Saúde da cidade de São Paulo pede antecipação da dose de reforço à Anvisa
Proposta é que dose extra possa ser aplicada após quatro meses depois de se completar o ciclo vacinal
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quinta-feira (2), autorização para reduzir o tempo de aplicação da dose de reforço das vacinas contra a Covid-19.
A proposta é que a dose extra possa ser aplicada quatro meses, e não cinco, após o cidadão completar o ciclo vacinal.
A informação foi confirmada à CNN pelo secretário de Saúde da capital, Edson Aparecido, e depois anunciada em uma coletiva de imprensa nesta quinta.
No ofício dirigido ao diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde do município cita a “ocorrência de possíveis eventos e festividades de final de ano”, bem como a “não obrigatoriedade, até o momento de apresentação do passaporte de vacinas aos estrangeiros que adentram o país”, para realizar a “autorização excepcional e extraordinária” ao órgão.
Um dos motivos para antecipar essa aplicação também o surgimento da variante Ômicron, que já tem três casos confirmados no estado de SP.
Na quarta-feira (1º), o secretário declarou também à CNN que 1 milhão de paulistanos que poderiam ter tomado a dose de reforço não compareceram ainda aos postos de vacinação.
Segundo Aparecido, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também concordaria que “a maneira mais eficaz de combater a nova variante é avançarmos na vacinação da dose de reforço”, declarou o secretário.
O município avalia se a realização das festas de fim de ano e do Carnaval de 2022 serão afetadas pela chegada da Ômicron.
“Nós vamos nos basear, como sempre fizemos, nos estudos da Vigilância Sanitária. O estudo da Vigilância Epidemiológica do município fica pronto no final de semana, é ele que vai ditar exatamente a decisão com relação a questão do Réveillon. O Carnaval é daqui a três meses. Tem muito tempo ainda para se organizar”, declarou Aparecido.
*Com informação de Douglas Porto, da CNN