Vigilância sanitária recomenda cancelamento de Réveillon em São Paulo

Estudo feito a pedido da Prefeitura recomenda manutenção do uso de máscaras e a não realização da festa de fim de ano

Léo Lopes, Bianca Camargo, Danúbia Braga e Bruno Laforé, da CNN, em São Paulo
Réveillon na Avenida em São Paulo, na virada entre 2019 e 2020.  • Marcelo Pereira/SECOM
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Um estudo encomendado pela Prefeitura de São Paulo e feito pela vigilância sanitária recomendou que a capital paulista cancele o Réveillon e mantenha o uso obrigatório de máscaras.

O estudo foi enviado à CNN pelo secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.

A expectativa é de que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que está em Nova York, nos Estados Unidos, com o governador João Doria, se pronuncie sobre o estudo ainda na manhã desta quinta-feira (02).

"Em função da nova variante, passei o estudo para o prefeito Ricardo Nunes. O prefeito deve falar agora pela manhã, em Nova York, anunciando oficialmente o que a vigilância recomendou", afirmou o secretário.

A expectativa é de que esse estudo da Vigilância fosse divulgado no próximo domingo, dia 5, mas foi antecipado pelas autoridades.

A análise da situação epidemiológica feita pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo, pontua que ainda não está claro se a nova variante do coronavírus Ômicron é mais transmissível, ou se causa Covid-19 mais grave. Mas indica que "evidências preliminares" sugerem risco aumentado de reinfecção.

O estudo recomenda um "fortalecimento da vigilância genômica para identificação da circulação de novas variantes". A vigilância também pede que viagens não essenciais sejam evitadas, principalmente para locais onde a nova variante tem incidência significativa.

"Indicadores epidemiológicos e assistências seguem estáveis, no entanto, considerando o fato novo – surgimento da variante Ômicron –, [...] já com diagnóstico em vários continentes e casos confirmados nesta capital de São Paulo, neste momento recomendamos: manter o uso de máscaras obrigatório; intensificar o processo de imunização da população", conclui o estudo.

Antecipação da dose de reforço

O secretário Edson Aparecido informou à CNN que a capital solicitou à Anvisa uma redução no intervalo de aplicação da dose de reforço para 4 meses.

Em ofício enviado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, e ao secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, a Prefeitura de São Paulo solicita a "antecipação da dose de reforço para pessoas com mais de 18 anos, com esquema vacinal completo há pelo menos 4 meses".

O documento é assinado pelo secretário municipal de Saúde e pelo coordenador da COVISA, Luiz Artur Vieira Caldeira.