Mãe que espancou filho até a morte tinha tatuagem com nome da criança

Arthur tinha apenas 9 anos de idade e foi encontrado com lesões em várias partes do corpo; padrasto também é suspeito

Ana Julia Bertolaccini, da CNN Brasil*, em São Paulo
Mãe e padrasto da criança disseram à equipe médica que ele havia caído na escola e machucado a perna  • Itatiaia
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Uma mulher suspeita de matar o próprio filho - de apenas 9 anos de idade, com ajuda do padrasto, em Belo Horizonte (MG) - tinha uma tatuagem com o nome da criança (Arthur) em um dos braços, segundo informações da Itatiaia.

A autora do crime e o companheiro dela, de 39 anos, vão continuar presos por 30 dias, após decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

De acordo com a Itatiaia, Arthur deu entrada no Hospital Júlia Kubitschek, no bairro Milionários, no dia 23 de agosto. No local, a mãe e o padrasto da criança disseram à equipe médica que ele havia caído na escola e machucado a perna.

No documento que resultou em mandado de prisão, a mãe do menino confessou que agrediu o filho com chineladas e tapas no abdômen e nas costas, e disse que “passou do ponto”. Ela admitiu que estava sob efeito de cocaína.

O padrasto de Arthur disse estar em casa quando o menino voltou da UPA e negou ter presenciado qualquer agressão, enquanto a mulher afirmou que ele havia saído de casa nesse período.

Além de Arthur, a suspeita tem outros dois filhos, um menino de 6 anos e um bebê de seis meses. O filho mais velho presenciou as agressões e também deve ser ouvido pela Polícia Civil (PC).

A Justiça destacou que a mãe tem antecedentes por tráfico de drogas e um histórico de mudança frequente entre municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, demonstrando “risco real de evasão”.