MG: garis tentam entrar em presídio com celulares escondidos em caminhão
Um servidor confessou ser tio de um dos detentos da unidade prisional; todos os funcionários foram levados para a delegacia da Polícia Civil

Funcionários da empresa Limpebras, responsáveis pela coleta da cidade de Uberlândia (MG), tentaram entrar no Presídio Professor Jacy de Assis com fumo, celulares e diversos aparelhos eletrônicos escondidos dentro de um caminhão de lixo da companhia. O caso aconteceu no último domingo (31).
De acordo com Seajusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), os envolvidos foram barrados e levados para a delegacia da Polícia Civil. O orgão também ressaltou que um procedimento interno foi instaurado pela direção da unidade prisional e que irá apurar o ocorrido.
Os materiais em questão estavam em sacolas alojadas no fundo do caminhão, quando foram identificados pelos policiais penais. Um dos servidores, identificado como tio de um dos detentos da unidade, assumiu a autoria do ocorrido e a posse dos materiais. Ainda segundo a Seajusp, o homem já estava sendo monitorado pela inteligência do presídio.
Ao todo foram encontrados:
- entrada de 28 placas de carregador solar;
- 17 baterias de celular;
- 12 chips de celular
- 13 isqueiros;
- 4 carregadores portáteis;
- 35 celulares;
- 5 carregadores hidráulicos;
- 12 carregadores simples;
- 9 cabos USB;
- 2 carregadores de veículo com entrada USB; e
- 3 pacotes de fumo.
A ação contou com o apoio do Grupo de Operações com cães (GOC) e do Grupo de Escolta Tático Prisional, que são grupamentos da Polícia Penal de Minas Gerais.
O que diz a empresa
Em contato com a CNN, a Limpebras encaminhou uma nota afirmando que foi "surpreeendida" com a apreensão dos materiais. Enfatizaram ainda que a empresa não compactua com a conduta do colaborador e que está acompanhando as investigações da Polícia Civil.
Leia nota completa:
A Limpebras foi surpreendida com a informação da apreensão de materiais eletrônicos nas dependências do Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia.
A conduta do(s) colaborador(es) envolvidos não reflete as boas práticas da empresa, que não compactua, em nenhuma hipótese, com qualquer afronta a Lei, a segurança pública ou os regulamentos internos de instituições prisionais.
A empresa está acompanhando as investigações promovidas pelas autoridades, e, reafirma seu compromisso de idoneidade com a sociedade e clientes.
*Sob supervisão de AR.


