12 líderes de facções do Rio foram levados para presídios federais este ano

Mais recente foi no último sábado, do Comando Vermelho, para ficar isolado em segurança máxima

Elijonas Maia, da CNN Brasil
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Neste ano, o governo do Rio de Janeiro já conseguiu autorização para transferir 12 lideranças de facções criminosas para presídios federais, que são de responsabilidade do Ministério da Justiça.

A média é de ao menos 1 por mês saindo de presídios fluminenses para penitenciárias de segurança máxima.

O mais recente foi no último sábado (25), de uma liderança do CV que foi do Rio para uma unidade federal.

A maior parte é levada para Catanduvas (PR), que é o primeiro presídio federal do Brasil, e Campo Grande (MS).

Para transferir um preso para o Sistema Penitenciário Federal é necessário uma decisão judicial e, com isso, a Polícia Penal Federal realiza a transferência, por avião, em forte esquema de segurança.

O objetivo de transferir presos para presídios de segurança máxima é isolar lideranças do crime organizado. As unidades são distantes das duas maiores capitais do Brasil e berços das duas maiores facções do país, PCC e Comando Vermelho, de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente.

Em penitenciárias federais, o horário de banho de sol é limitado em relação a penitenciárias estaduais e as conversas no parlatórios são todas gravadas.

A CNN Brasil já acompanhou a transferência de 14 líderes do Comando Vermelho do Rio para penitenciárias federais, em 2023, e até hoje é o único veículo de imprensa a ter realizado esse trajeto de alto risco.

Megaoperação

O governo do Rio de Janeiro divulgou, na noite desta terça-feira (28), o balanço final da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha. Foram 64 mortos - 60 criminosos e 4 policiais -, 81 presos e 93 fuzis apreendidos.

Os trabalhos envolveram 2.500 policiais civis e militares na maior operação da história do Rio de Janeiro, segundo divulgado pelo governo fluminense. O governador do RJ, Cláudio Castro (PL), anunciou que solicitou mais dez vagas para a transferência imediata de lideranças criminosas para presídios federais.