De quem é o corpo com tiro no rosto que foi confundido com Japinha do CV

A Polícia Civil do Rio de Janeiro esclareceu que o corpo exibido na foto é, na verdade, de um homem natural da Bahia e com dois mandados de prisão em aberto

Thomaz Coelho, colaboração para a CNN Brasil, São Paulo
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Após a circulação de uma imagem nas redes sociais e em grupos de policiais afirmando que um corpo com um tiro no rosto seria de "Penélope" ou “Japinha do CV”, a Polícia Civil do Rio de Janeiro negou que ela tenha morrido na megaoperação realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, no dia 28 de outubro.

Em resposta à CNN Brasil nesta terça-feira (4), a corporação esclareceu que o corpo exibido na foto é, na verdade, de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia e com dois mandados de prisão em aberto.

Imagem compartilhada nas redes sociais e em grupo de policiais era do corpo do suspeito Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia • Reprodução
Imagem compartilhada nas redes sociais e em grupo de policiais era do corpo do suspeito Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia • Reprodução

No dia seguinte da operação, um perfil que alegava ser de "Japinha do CV" teve uma publicação em que fazia um apelo nas redes sociais para que as imagens da “mulher morta” não fossem divulgadas.

Entretanto, após a megaoperação, internautas começaram a levantar a informação de que “Japinha do CV” estivesse viva. Vídeos, fotos e perfis atribuídos a ela passaram a ser compartilhados, levantando dúvidas sobre a veracidade da morte.

O Governo do Rio de Janeiro, por meio da Polícia Civil, divulgou na noite do último domingo (2) uma espécie de perfil de 115 dos 117 suspeitos mortos na megaoperação policial realizada no último dia 28.

A ação, considerada a mais letal da história do estado, também deixou quatro policiais mortos. Dos 115 nomes divulgados, 97 possuem alguma passagem criminal — as anotações da maioria apontam o crime de tráfico, e em alguns nomes não consta qual o crime cometido.

Segundo o governo, mais de 95% dos identificados tinham vínculo comprovado com o Comando Vermelho, e 54% não eram do Rio de Janeiro. A lista também não divulga nenhum nome feminino que estivesse entre os 121 mortos.