O que sabemos sobre desabamento em restaurante onde Fogaça é chef
Uma funcionária morreu após acidente nessa quarta-feira (8); queda de uma parte do teto ocorreu após explosão
Uma funcionária morreu no desabamento do teto do restaurante Jamile, localizado na Bela Vista, região central de São Paulo, no início da tarde dessa quarta-feira (8).
A tragédia, que ocorreu poucos minutos antes da abertura do estabelecimento e mobilizou o Corpo de Bombeiros, teria sido causada por um vazamento de gás que causou a explosão, resultando na queda da estrutura.
Além da vítima fatal, sete outras pessoas foram atendidas, incluindo cinco feridos e duas pessoas com abalos psicológicos.
Desabamento em restaurante que Fogaça é chef: veja o antes e depois
A vítima fatal, que trabalhava no restaurante Jamile há dois anos, veio a óbito nos escombros após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ela estava no mezanino no momento do desabamento do teto. A área ruiu atingindo balcão e mesas do restaurante.
Cerca de 23 funcionários estavam no local no momento do desabamento, que aconteceu aproximadamente 10 minutos antes da abertura da casa. Por conta disso, não havia clientes no loca.
Colaboradores relataram ter corrido para a rua ao ouvir um barulho alto, enquanto uma testemunha de um estacionamento vizinho descreveu o cenário como de "guerra".
Vazamento de gás: linhas de investigação e impasses
O Corpo de Bombeiros confirmou a ocorrência da explosão. Embora as informações preliminares da corporação apontem o vazamento de gás como provável causa do desabamento, uma capitão do Corpo de Bombeiros ressaltou que ainda não é possível determinar se o vazamento precedeu ou sucedeu o incidente, ou se foi a causa definitiva da estrutura ceder.
A companhia responsável pela distribuição de gás na região, a Comgás, deslocou equipes preventivamente para o local, realizando o fechamento do fornecimento. Contudo, a Comgás afirmou, em nota, que "não existe correlação do gás com o incidente até o momento".
As autoridades, incluindo a Defesa Civil, continuam a apurar possíveis causas como falhas estruturais, problemas nas instalações de gás ou sobrecarga na construção.
Vídeo: veja como ficou restaurante onde Fogaça é chef após desabamento
A resposta das autoridades e documentação
A ocorrência mobilizou um grande contingente de segurança e resgate, com dez viaturas e 40 bombeiros, além de equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e SPTC (Superintendência de Polícia Técnico-Científica). A SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que o estabelecimento possuía o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) válido.
A Prefeitura de São Paulo também confirmou que o Jamile tinha alvará de funcionamento e toda a documentação em ordem, autorizado a operar na categoria de restaurantes com risco classificado como baixo, afastando de imediato a suspeita de irregularidades administrativas.
Posicionamento de Henrique Fogaça e do restaurante
O restaurante Jamile é conhecido por ter seu menu assinado pelo chef Henrique Fogaça. Por meio de nota, Fogaça lamentou profundamente o acidente e manifestou solidariedade.
No entanto, o chef esclareceu que sua atuação se restringe à criação e assinatura do cardápio, não possuindo participação societária, vínculo de propriedade ou envolvimento na gestão administrativa e operacional do estabelecimento. Henrique Fogaça, que está fora do país, afirmou que acompanha as apurações.
Em nota oficial, o Jamille Restaurante expressou solidariedade e respeito aos colaboradores e familiares, comprometendo-se a oferecer todo o suporte, assistência e acolhimento necessários aos envolvidos na tragédia.
Os resultados da perícia da Polícia Civil e do laudo da Defesa Civil serão cruciais para a determinação da causa oficial do desabamento do teto no restaurante Jamile. As investigações continuam.