Relembre polêmica de Hytalo Santos com Buzeira, influenciador preso pela PF

O influenciador conhecido como Buzeira foi preso nesta terça-feira (14) em uma operação contra um esquema de lavagem de dinheiro com o uso de bets.

Antes da prisão, Buzeira já havia ganhado destaque em julho deste ano, após arrecadar mais de R$ 1 milhão com a brincadeira do "corte da gravata" durante seu casamento, quando se envolveu em uma polêmica com o influenciador Hytalo Santos.

Durante a "passagem da gravata", vários amigos do casal entregaram colares, anéis e outros itens de luxo como presentes. À época do evento, Buzeira mostrou como foi o momento, em que cada convidado cedia algum item que representasse a tradicional colaboração ao casamento. Alguns dos itens custavam mais de R$ 100 mil, de acordo com os donos dos objetos.

Na ocasião, Hytalo — que também está preso desde agosto deste ano — afirmou que se sentiu incomodado pela forma como foi abordado durante o evento, quando pediram itens pessoais dele ao invés de contribuições em dinheiro.

 

De acordo com Hytalo, a situação provocou uma crise de ansiedade nele, quando alguns convidados o assustaram. "Colocaram a mão no meu braço, e quando vi já tinham apontado várias câmeras para mim. [...] Brincadeira é quando todo mundo brinca, eu perdi uma pulseira de R$ 250 mil, e entrei em desespero e tive uma crise de ansiedade", desabafou o influenciador.

Prisão de Hytalo Santos e marido

O influenciador e o marido dele, Israel Nata Vicente, foram presos em agosto desde ano por produção e divulgação de material pornográfico envolvendo menores de idade. O casal se tornou réu pelos crimes cerca de um mês depois da prisão.

Vídeo: Veja momento da prisão de Hytalo Santos e marido em SP

O casal responde por crimes previstos no Código Penal e no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), incluindo produção e divulgação de material pornográfico envolvendo menores de idade. A prisão preventiva foi decretada pela 2ª Vara Mista de Bayeux.

As denúncias contra Hytalo Santos e seu marido ganharam repercussão após um vídeo publicado pelo youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, no dia 6 de agosto. No conteúdo, ele expôs práticas de exploração de menores em produções digitais, incluindo acusações contra Hytalo.

Prisão de Buzeira

O influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, mais conhecido como Buzeira, e o empresário Rodrigo Morgado, foram presos nesta terça durante uma operação da Polícia Federal.

Quem é Buzeira, influencer com 15 milhões de seguidores preso pela PF

Em junho deste ano, Buzeira foi citado no relatório final do inquérito policial do caso ‘VaideBet’, que apontou que o ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, teria "dívidas" por campanhas de eleições para o clube, com doações de empresários de jogadores, influenciadores e um agiota.

Já o nome do empresário Rodrigo Morgado começou a circular na imprensa após uma disputa sobre um carro sorteado após uma funcionária ser demitida, e voltou à tona após a prisão dele durante uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas, em abril deste ano.

Dias depois da prisão, a Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória ao empresário, investigado por porte ilegal de arma e envolvimento com o tráfico internacional de drogas.

A CNN tenta contato com a defesa dos dois citados.

Bets e tráfico internacional

A ação da PF, realizada nesta terça, tem o objetivo de cumprir 11 ordens de prisão e 19 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.

As investigações da polícia indicam que o grupo criminoso alvo da operação usava técnicas sofisticadas de lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras em criptomoedas e envio de capitais de um país para outro. As ações eram feitas para ocultação da origem ilícita dos valores e dissimulação patrimonial.

A corporação investiga ainda que parte dos valores movimentados teria sido direcionada para estruturas empresariais vinculadas ao setor de apostas eletrônicas, conhecidas como Bets. Além dos mandados, também há o bloqueio de bens e valores, que somam mais de R$ 630 milhões.