Sabesp amplia redução da pressão de água em SP após recomendação da Arsesp
A partir de segunda-feira (22), ao invés de 8 serão 10 horas por dia a redução da pressão da água na Grande São Paulo; objetivo é preservar os níveis de água dos reservatórios e mananciais que abastecem a região
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) vai ampliar em duas horas o tempo de redução da pressão da água na faixa noturna na RMSP (Região Metropolitana de São Paulo). A medida atende a uma recomendação da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo),
Com a nova rotina, que passa a valer na próxima segunda-feira (22), passará de 8 para 10 horas por dia a redução na pressão, sendo aplicada das 19h às 5h do dia seguinte. Também foi determinado o gerenciamento da pressão da água durante o dia.
A primeira iniciativa para redução na pressão havia acontecido em agosto, devido aos níveis dos reservatórios. Desde então, das 21h às 05h, a pressão da água era reduzida nas casas da RMSP.
De acordo com a Arsesp, durante essa primeira fase de redução, foram economizados 7.257.600.000 de litros de água, um volume suficiente para abastecer cerca de 800 mil pessoas durante um mês. O quantitativo equivale a uma cidade como São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Segundo a Sabesp, a medida é preventiva e de contingência temporária, com o objetivo de preservar os níveis de água dos reservatórios e mananciais que abastecem a região, atendida pelo SIM (Sistema Integrado Metropolitano).
Em nota, a companhia destacou que a iniciativa faz parte de um trabalho conjunto com a Arsesp, a SP Águas e o governo do Estado de São Paulo para monitorar e minimizar os impactos da escassez hídrica, garantindo a segurança do abastecimento.
"O cenário hídrico justifica a manutenção de medidas preventivas para aumentar a oferta de água e reduzir a captação, além de preparação para medidas mais restritivas em caso de agravamento", afirmou Camila Viana, presidente da SP Águas.
Ainda de acordo com a Arsesp, o boletim do SIM (Sistema Integrado Metropolitano) aponta que o sistema opera com 32,8% do volume útil. Os sistemas Cantareira e Alto Tietê, responsável por 80% da capacidade do SIM, operam respectivamente com 30,3% e 26,1% da capacidade atualmente.
A agência informou que monitora a situação e pode adotar novas medidas, conforme regras estabelecidas no Plano de Escassez, que está em fase final de aprovação.
*Sob supervisão de Luan Leão


