Secretário Nacional: Combate a bebidas adulteradas começa em nível local
Casos de bebidas com metanol preocupam consumidores, mas Paulo Pereira ressalta que não há motivo para pânico e explica diferença entre contrabando e adulteração
O secretário Nacional do Consumidor, Paulo Pereira, abordou, em entrevista ao CNN 360°, a questão das bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, enfatizando que, apesar da gravidade da situação, não há motivo para pânico generalizado. Pereira destacou que os casos registrados até o momento ainda são poucos para os padrões da sociedade brasileira.
Em resposta à preocupação da Federação dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo, que informou em abril que 36% das bebidas comercializadas no Brasil seriam forjadas, adulteradas ou contrabandeadas, o secretário fez uma importante distinção. “Nem todo comércio ilegal é um comércio de adulteração de bebidas”, explicou, ressaltando que, muitas vezes, a ilegalidade está relacionada a questões fiscais, não necessariamente à qualidade do produto.
O governo federal criou um Conselho Nacional de Combate à Pirataria, que reúne órgãos governamentais, empresas e representantes da sociedade civil para monitorar a situação. No entanto, Pereira ressaltou que a competência primária da fiscalização de bebidas adulteradas é das autoridades municipais e estaduais.
O secretário também fez questão de tranquilizar a população quanto ao consumo regular de bebidas. "Não precisamos cortar a nossa cerveja, a nossa bebida de fim de semana", afirmou, mas recomendou que os consumidores redobrem a atenção e fiquem atentos aos sinais de possíveis adulterações.