Veja como PCC cobra propina de moradores da Favela do Moinho, segundo MP

Segundo as investigações, grupo cobraria valores de famílias que firmaram acordos com o CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano)

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A decisão judicial que autorizou a "Operação Sharpe", conduzida pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) por meio do GAECO, na manhã desta segunda-feira (8), detalhou como o PCC (Primeiro Comando da Capital) estaria cobrando propina de moradores da Favela do Moinho, no Centro de São Paulo, em um esquema ligado à reurbanização da área e acordos com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).

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Segundo as investigações e denúncia do MPSP, Alessandra Moja Cunha, apontada como presidente da "Associação de Moradores da Favela do Moinho", seria a principal responsável por esta prática.

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Segundo a decisão judicial, ela supostamente cobraria valores de famílias que firmaram acordos com o CDHU, só autorizando o cadastro e a assinatura dos documentos após o pagamento da quantia exigida.

Outros integrantes-chave na cobrança seriam José Carlos da Silva, vulgo "Carlinhos", sucessor de "Leo do Moinho" na liderança do tráfico, e os "disciplinas" Ronaldo Batista de Almeida e Reginaldo Terto da Silva.

A suposta esposa de Leonardo, Leandra Maria de Lima, também estaria envolvida na extorsão às famílias cadastradas na CDHU, em conjunto com Ronaldo e Reginaldo. Ademario Goes dos Santos, subordinado de Ronaldo e Reginaldo, também participava da cobrança de propina.

A Operação Sharpe, desdobramento da Operação Salus et Dignitas, visa desarticular o grupo que tentava se reorganizar e coagia moradores e agentes públicos que trabalham na reurbanização da Favela do Moinho.

A CNN tenta contato com a defesa dos citados.

Postagem na página Favela do Moinho no Instagram na tarde desta segunda-feira (8) aponta que Alessandra sofreu "tortura" durante a prisão e que foi "forjado um flagrante com drogas" para a prisão. A postagem também acusa a operação de tentar "enfraquecer" os movimentos sociais.