Mortos após cobrança de dívida no PR podem ter sido torturados, diz defesa
IML (Instituto Médico-Legal) apontou que três deles morreram em decorrência de traumatismo cranioencefálico, politraumatismo e ferimentos por arma de fogo

Segundo Josiane Monteiro Bichet, advogada das famílias dos quatro homens que saíram de São Paulo para cobrar uma dívida de R$ 255 mil no interior do Paraná, os laudos de óbito indicam a hipótese de que as vítimas tenham sido torturadas.
O IML (Instituto Médico-Legal) apontou que três delas morreram em decorrência de traumatismo cranioencefálico, politraumatismo e ferimentos por arma de fogo.
Os laudos divulgados são os de Rafael Juliano Marascalchi, de 43 anos, Robishley Hirnani de Oliveira, de 53, e Diego Henrique Afonso, de 39. A declaração de óbito de Alencar Gonçalves de Souza Giron, de 36 anos, ainda não foi divulgada.
Os quatro homens foram encontrados mortos em Icaraíma, no Paraná, após 44 dias desaparecidos.
A suspeita inicial, conforme a advogada, era de que as mortes tivessem ocorrido rapidamente enquanto os homens ainda estavam no veículo Fiat Toro, encontrado enterrado em um bunker.
No entanto, a gravidade das lesões levantou a hipótese de tortura. Para a advogada e para os familiares, a forma como o crime foi cometido evidencia a crueldade dos responsáveis.
O caso
Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza estavam desaparecidos desde 5 de agosto, quando saíram do interior de SP para cobrar uma dívida pela venda de um ímovel.
Os corpos foram encontrados na manhã do dia 19 de setembro em uma vala na zona rural de Icaraíma, no noroeste do Paraná.
O caso é investigado como homicídio. Uma das linhas de apuração aponta que os quatro podem ter sido executados por Antônio Buscariollo, 66 anos, e seu filho Paulo Ricardo Costa Buscariollo, 22, ambos possíveis devedores. Mandados de prisão já foram expedidos contra os dois, que seguem foragidos.
Na terça-feira (23), a PCPR declarou que apura o envolvimento de mais pessoas na morte dos homens.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo

