Balão cai em Praia Grande (SC): relembre acidentes recentes em passeios
Grave incidente no Sul do país reacende o debate sobre a segurança e a regulamentação dos voos de balão
A queda de um balão em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, na manhã deste sábado (21), resultou em pelo menos oito mortes e marca o terceiro acidente do tipo em menos de uma semana no Brasil
Veja: balão pega fogo no ar, cai e deixa mortos em Santa Catarina
O balão, que pegou fogo no ar e caiu próximo a um posto de saúde, transportava cerca de 21 pessoas, incluindo o piloto. Entre os ocupantes 13 sobreviveram e cinco foram hospitalizadas.
Este grave incidente reacende o debate sobre a segurança e a regulamentação dos voos de balão, especialmente após outros casos recentes.
Entenda: quais são as regras para voos tripulados no Brasil
Casos em São Paulo
Um balão com 35 pessoas a bordo, incluindo 33 passageiros, piloto e um auxiliar, caiu em uma área rural. Uma mulher foi socorrida em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos, e investigações buscam confirmar se ela estava grávida. Outras 11 pessoas ficaram feridas.
A Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) informou que o equipamento não tinha autorização para voar, o Certificado de Aeronavegabilidade do balonista estava vencido, e o voo não fazia parte do 38º Campeonato Brasileiro de Balonismo que ocorria em Boituva (SP), sendo de uso turístico e não esportivo.
A CBB havia, inclusive, proibido voos na região naquele dia devido às condições climáticas. O piloto foi preso em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), e sua prisão foi convertida para preventiva.
A Polícia Civil investiga que o piloto fez tentativas malsucedidas de pouso, resultando na queda dos ocupantes. O caso é investigado pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), Polícia Civil, Instituto de Criminalística (IC) e Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
Litoral paulista
Outro balão caiu próximo à praia de Maresias, no litoral paulista. Felizmente, ninguém ficou ferido e não houve danos graves a residências.
Esses eventos ressaltam a importância da regulamentação para operações aerodesportivas e balões livres tripulados no Brasil, que, embora não exijam habilitação da ANAC em alguns casos, demandam cadastro de aerodesportista, balão identificado e documentos a bordo, além de restrições operacionais rigorosas para garantir a segurança.
As investigações sobre as causas exatas de cada queda seguem em andamento.