Suspeito de fornecer cetamina que matou ex-sinhazinha se entrega em Manaus

Empresário José Máximo de Oliveira, que é dono de uma clínica veterinária, se apresentou à Polícia Civil neste sábado (8)

Rafael Villarroel, da CNN*, São Paulo
Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, como era conhecida, morreu aos 32 anos na casa em que vivia
Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, como era conhecida, foi encontrada morta em casa em 28 de maio  • Reprodução/Instagram
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O homem suspeito de fornecer cetamina à família da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, que morreu no último dia 28 após um edema cerebral por aplicação de cetamina, se entregou à Polícia Civil, em Manaus, no início da tarde deste sábado (8).

O delegado responsável pelo caso, Cícero Túlio, confirmou a prisão à CNN.

José Máximo de Oliveira é dono de uma clínica veterinária e era o último foragido suspeito de fornecer a substância à família da ex-sinhazinha. Outros dois funcionários da clínica foram presos na sexta-feira (7).

Djidja Cardoso com o irmão, Ademar, e Cleusimar, sua mãe - Reprodução/Redes Sociais
Djidja Cardoso com o irmão, Ademar, e Cleusimar, sua mãe - Reprodução/Redes Sociais

Também na sexta-feira, Bruno Cardoso, que era o ex-companheiro de Djidja, foi preso, juntamente com o seu personal trainer, Hatus Silveira.

Os dois também são suspeitos no envolvimento em um culto religioso, como uma espécie de seita, chamada "Pai, Mãe e Vida", que incentivava os participantes a utilizarem anestésicos, onde os líderes faziam com que os participantes acreditassem que transcenderiam para dimensões superiores e a salvação em um plano superior, mostrou as investigações.

Além disso, segundo as investigações, duas pessoas foram mantidas em cárcere privado durante as atividades da "Pai, Mãe e Vida", nuas e sem acesso à higiene pessoal por dias.

Devido às ações da seita, umas das participantes, que estava grávida, acabou sofrendo um aborto.

Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, também são investigados pela morte da ex-sinhazinha.

Segundo as investigações, o personal seria um dos responsáveis por fornecer a droga para a família.

Eles devem responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, por colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem o consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil.