À CNN, presidente da CPI do MST diz que há diálogo para oposição voltar a ter maioria na comissão
Tenente-Coronel Zucco afirmou que conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e que busca consenso para aprovar o relatório
O presidente da CPI do MST, deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), afirmou à CNN nesta quinta-feira (10) que existe diálogo para partidos do centrão, que trocaram membros da comissão, voltarem a indicar alguns dos antigos membros.
Zucco disse que conversou com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) na quarta-feira (9).
Vídeo: Centrão enterrou CPI do MST, diz Ricardo Salles
Vamos aguardar até a próxima terça-feira (15). Há uma expectativa para alguns nomes voltarem à CPI. Conversei com o Arthur Lira. A conversa foi tranquila, e ele me disse que poderia ajudar para isso ser construído, conversando com os líderes”.
Zucco ainda afirmou que, dos oito membros, há a possibilidade de voltarem à composição da CPI quatro a cinco deputados da oposição. Porém, caso não haja esse diálogo com os partidos, dará início à leitura do relatório na semana que vem.
“Estamos dialogando para termos uma base sólida para aprovar o relatório”, afirmou Zucco.
A CNN entrou em contato com Arthur Lira sobre o assunto e aguarda retorno.
Plano B
O relator da CPI que investiga atos do MST, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), afirmou nesta quinta-feira (10) que avalia encurtar os trabalhos da comissão e entregar o relatório final da CPI já na próxima semana.
Pelo cronograma, a CPI do MST tem prazo para funcionar até 14 de setembro. Nos últimos dias, Salles e o presidente do colegiado, tenente Coronel Zucco, chegaram a articular a prorrogação dos trabalhos da comissão, mas acabaram desistindo após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) anular a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, aprovada pelo colegiado.
Além disso, o Republicanos retirou deputados contrários ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os substituíram por parlamentares de perfil mais alinhado ao Palácio do Planalto. O Republicanos negocia um cargo na Esplanada dos Ministérios.
Tanto a medida adotada por Lira quanto as trocas realizadas pelo Republicanos foram interpretadas como manobras regimentais para esvaziar a comissão e dificultar o avanço dos trabalhos.