Advogado diz à CNN que Michelle está tranquila sobre joias e que suspeitas são infundadas
Polícia Federal pediu quebra de sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama, que deve prestar depoimento à corporação
Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (14), o advogado Daniel Bialski, que representa Michelle Bolsonaro, afirmou que a ex-primeira-dama nunca cometeu qualquer irregularidade e que está tranquila quanto à investigação sobre joias recebidas pelo governo federal que teriam sido vendidas ilegalmente.
Após operação da Polícia Federal na semana passada, a corporação solicitou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Michelle. Ela também deve ser ouvida para esclarecimento dos fatos.
Vídeo: PF vê indícios para indiciar Michelle em caso das joias
Bialski disse que ainda não teve acesso às investigações, mas que a ex-primeira-dama estará à disposição da Justiça. Ele afirmou ainda que ela teria fornecido dados bancários se isso fosse solicitado, sem necessidade de quebra de sigilo.
O advogado avaliou como "especulação" as interpretações de uma mensagem de um ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) que teria dito que "já sumiu um, que foi com a dona Michelle", o que gerou suspeita de que estaria se referindo a um kit de joias.
Ele pontuou que o "nome da [ex] primeira-dama pode ter sido mencionado por diversas hipóteses e explicações", adicionando que o requerimento da PF é "absolutamente subjetivo" e que as supostas acusações são infundadas.
"Michelle está absolutamente tranquila a respeito de todos os seus atos. Nunca cometeu qualquer tipo de irregularidade, nunca cometeu qualquer tipo de desvio em todas as funções que ela desempenhou antes, durante o mandato do presidente Bolsonaro ou posteriormente", comentou.
Por fim, Bialski informou que, se a Polícia Federal intimar Michelle Bolsonaro para depoimento antes de a defesa ter conhecimento do processo, será feita uma petição para que a oitiva seja adiada.
Veja a íntegra da entrevista no vídeo acima.
*publicado por Tiago Tortella, da CNN, com produção de Manoela Carlucci e Carol Raciunas (sob supervisão de Elis Franco)