Ajustes e falta de relator travam projeto de emendas no Congresso

Atrasos nas negociações e eventos no parlamento também devem impedir que a proposta avance antes da segunda semana do mês que vem

Gabriela Prado, da CNN, Brasília
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) em sessão da Comissão Mista do Orçamento, no Senado
Projeto é do senador Angelo Coronel (PSD-BA)  • 14/08/2024 - Marcos Oliveira/Agência Senado
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O projeto de lei das emendas parlamentares continua sem relator e tem diversos pontos para ajustes.

Os atrasos nas negociações e eventos no parlamento devem impedir que a proposta avance antes da segunda semana de novembro.

O projeto de lei complementar (PLP) sobre emendas parlamentares, apresentado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA), fixa 27 critérios que podem restringir a execução dos recursos.

Ajustes

De acordo com líderes do governo, o projeto, apresentado na sexta-feira (25), precisa de ajustes em dois pontos principais:

  • as emendas de comissão
  • e as emendas de bancada

Parlamentares entendem que a proposta precisa identificar o autor do pedido de recurso nas emendas de comissão. Para integrantes do Senado, esse ponto deve ser claro para o Supremo Tribunal Federal (STF).

A Corte congelou o pagamento dos recursos e pactuou com o Congresso uma conciliação para evitar falta de transparência.

Os congressistas também dizem que é preciso ajustar as emendas de bancada para que haja uma correlação entre envio das emendas e o tamanho do estado.

Sem discussão

Os líderes do governo também não conseguiram discutir a proposta com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e, do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Pacheco está fora do país, o que inviabiliza a discussão do assunto nesta semana.

No início de novembro, o Congresso ainda vai receber a reunião do P20, encontro  dos presidentes dos Parlamentos de países que integram o G20. O evento deve paralisar sessões, o que atrasa a tramitação da proposta.

A CNN teve acesso a um documento elaborado por técnicos no Congresso que afirmam que a proposta não atende as exigências do STF.