Anac diz que vai apoiar Congresso em projeto que limita cobrança de bagagem

Hugo Motta anunciou que pautará projeto de lei que garante mala de mão gratuita em voos

Helena Prestes, da CNN Brasil*, Brasília
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O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Tiago Faierstein, afirmou nesta quinta-feira (16) que vai apoiar o Congresso Nacional na construção de um PL (Projeto de Lei) que limite a cobrança de bagagem de mão pelas companhias aéreas. O chefe da agência destacou que o objetivo é harmonizar os interesses da sociedade, das companhias aéreas e do Congresso.

"A Anac é sensível ao pleito do Congresso, que é o pleito da sociedade de não gerar um ônus maior para os consumidores, afirmou Faierstein. A declaração ocorreu após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que irá pautar a urgência de um projeto que limite a cobrança de bagagens de mão.

O PL 5041/2025, de autoria do deputado Da Vitória (PP-ES), tem o objetivo de assegurar que os passageiros aéreos possam levar uma bagagem de mão e um item pessoal em voos domésticos e internacionais operados em território nacional, sem custos adicionais.

O debate sobre a cobrança das novas tarifas começou após as companhias reduzirem os valores de passagens internacionais, porém, adicionando uma nova tarifa à bagagem de mão que não possa ser armazenada abaixo do assento à frente.

Atualmente, a Anac já estabelece o direito do passageiro de levar até 10 Kg de bagagem de mão, mas não proíbe completamente a vedação de qualquer custo extra. Segundo a agência, um novo regulamento deve incluir todas as empresas que operam no Brasil, incluindo as estrangeiras.

“No final do dia, o que o Congresso quer, o que o presidente Hugo Motta quer, o que o autor do projeto quer e o que todos os deputados querem é a redução do custo da passagem aérea, e não um ônus a mais para a população. E nós, como Anac, estamos sensíveis a isso e trabalharemos para isso", completou o presidente.

Faierstein informou, ainda, que realizou uma consulta às empresas sobre as novas tarifas. Além disso, a agência vai realizar um estudo técnico para subsidiar os parlamentares na formulação do projeto.

“A ideia é que a Anac sirva como órgão técnico para gerar subsídios ao Congresso. Vamos tentar fazer um estudo o mais robusto possível para ajudá-los a construir o projeto de lei de maneira que mantenha o custo mais baixo, mas sem prejudicar a competitividade do mercado”, declarou.

O chefe da Anac ressaltou que dialogou com o autor do projeto e presidente da Câmara para para alinhar os objetivos da proposta.

"O presidente Hugo Mota abriu esse canal de diálogo com a Anac para que a gente construa uma solução. O que o Congresso quer e nós estamos sensíveis a isso é reduzir o custo da passagem aérea e não criar um ônus a mais para a população.”

O presidente da Câmara usou as redes sociais, nesta quinta-feira (16), para mandar "um recado para as companhias aéreas que querem cobrar até pela mala de mão nas viagens".