Anexos sigilosos da delação de Élcio Queiroz servirão para encontrar “intermediário” da morte de Marielle, avaliam fontes
Foco agora é sobre Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, sargento da PM e apontado na delação como o responsável por passar a "missão" da morte de Marielle a Ronnie Lessa

O ex-policial militar Élcio Queiroz, que confessou participação na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), não relatou em sua delação premiada o nome do mandante do crime, disseram à CNN investigadores com acesso ao caso.
No trecho da colaboração que se tornou público, Queiroz afirma que, segundo Lessa, o crime foi cometido por uma questão “pessoal”. Mas o surgimento de novos personagens e a conexão deles com Lessa é, agora, o foco da investigação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio, que trabalham para chegar aos mandantes e aos motivos que levaram Marielle a ser morta.
Os anexos ainda sigilosos da delação de Élcio Queiroz trazem novas informações sobre as conexões de Ronnie Lessa com outros criminosos e sobre os negócios tocados pelo ex-policial militar. É com base nesses depoimentos que a PF quer entender melhor qual a conexão de Lessa com os supostos “intermediários”, pessoas que teriam feito a ligação entre o mandante e o ex-policial militar.
O foco agora é sobre Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, sargento da PM e apontado na delação como o responsável por passar a “missão” da morte de Marielle a Ronnie Lessa. Ele foi assassinado em 2021 em crime até hoje não esclarecido.
Nas palavras de um investigador, Macalé era “um homem de vários senhores”, ou seja, prestava “serviço” para diversos criminosos do Rio de Janeiro, inclusive para milícias com atuação nas zonas norte e oeste da cidade.
A PF trabalha para encontrar evidências de que ele e Lessa mantinham uma relação frequente, e a partir dela, avançar sobre o possível mandante do crime.
Veja imagens de Marielle Franco:
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Socióloga e mestre em Administração Pública, Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro. Ela foi assassinada em 14 de março de 2018 em um atentado ao carro onde ela estava; 13 tiros atingiram o veículo • Reprodução/Instagram
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Anderson Gomes, motorista do carro que levava Marielle, também morreu no atentado • Reprodução/Facebook
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Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são os acusados do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes • Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil
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A Justiça brasileira segue na busca pelos mandantes do assassinato da vereadora • Reprodução/Instagram
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Uma estátua de Marielle Franco foi inaugurada na Praça Mário Lago, no centro da capital fluminense • Divulgação/Instituição Marielle Franco
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Marielle era presidente da Comissão da Mulher na Câmara; segundo o Instituto Marielle Franco, ela iniciou sua militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré • Reprodução/Instagram
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A irmã de Marielle, Anielle Franco, é ministra da Igualdade Racional do Brasil do governo Lula • Reprodução/Instagram
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Marielle Franco era casada com a também vereadora Monica Benicio • Reprodução/Instagram