Após prisão de Bolsonaro, Hugo diz que não comenta decisões judiciais

Câmara dos Deputados enfrentou dia de protestos e obstrução pela oposição após Moraes determinar prisão domiciliar de Bolsonaro

Mateus Salomão e Emilly Behnke, da CNN, Brasília
O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), ao presidir sessão de votações nesta segunda-feira (2)  • Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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Após reações e protestos da oposição pela prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não cabe a ele comentar, avaliar ou qualificar decisões judiciais. A declaração ocorreu em coletiva de imprensa durante evento em João Pessoa, nesta terça-feira (5).

Hugo destacou que “existem os dois lados dessa história” e que é legítimo o direito de defesa, mas que decisão judicial tem que ser cumprida. “E é isso que nós estamos vendo, a decisão do Supremo Tribunal Federal ser cumprida”, destacou.

“Não cabe aqui, nem ao presidente da Câmara, nem a ninguém estar comentando ou, na minha avaliação, tentando avaliar ou qualificar essa, ou aquela decisão. Há um processo e os advogados falam nos autos e o juiz da mesma forma, e é o que tem acontecido nesse processo inerente ao presidente Bolsonaro”, completou.

Mais cedo, nesta terça-feira (5), lideranças da oposição no Congresso Nacional anunciaram que irão obstruir os trabalhos legislativos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na Câmara, deputados aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam a mesa do plenário da Casa. O mesmo ocorreu no Senado Federal.

Os parlamentares pressionam as Casas legislativas para que pautem a anistia dos condenados do 8 de janeiro e do processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.