Barroso prorroga por 60 dias apuração de dados da CPI da Pandemia contra Bolsonaro

Em novembro, a Polícia Federal (PF) pediu para o STF a prorrogação do prazo de análise dos materiais da CPI

Gabriela Coelho, da CNN, Em Brasília
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)  • Carlos Moura/SCO/STF
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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias uma investigação preliminar contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), filhos e ministros aliados do governo aberta após a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia no Senado.

“Tendo em vista que a sistematização da documentação apresentada pela Comissão Parlamentar de Inquérito ainda não foi concluída, defiro o pedido de prorrogação do prazo para continuidade das investigações por mais 60 dias. Postergo a análise do pedido de arquivamento feito pela Procuradoria-Geral da República [PGR] para quando da chegada do relatório da Polícia Federal”, disse Barroso.

Em novembro, a Polícia Federal (PF) pediu para o STF a prorrogação do prazo de análise dos materiais da CPI.

Segundo a PF, os dados ainda não foram enviados à PF pelo Senado Federal ou pela PGR, como deveriam.

A investigação em questão trata de suposta prática de charlatanismo pelo presidente da República. O crime ocorre quando é anunciada cura por meio secreto ou infalível. Bolsonaro é denunciado por fazer o governo federal reafirmar a cloroquina como medicamento preventivo para a Covid-19, mesmo sem comprovação científica de que a substância fosse eficaz contra a doença.

A PF é a responsável por realizar as diligências necessárias sobre os indícios de crime apontados no relatório final da CPI da Pandemia.

Procurado para comentar o assunto, o Palácio do Planalto não se manifestou.