Bolsonaro nomeia dois aliados para integrar comissão responsável em verificar conduta de servidores
Escolhas ocorrem 40 dias antes do presidente deixar o cargo; nomeados terão mandato de três anos e não poderão ser demitidos pelo novo governo
Restando 40 dias para deixar o cargo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou o atual ministro-chefe da Secretaria de Governo, Célio Faria Júnior, e o assessor especial João Henrique Nascimento de Freitas para integrarem a Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
O grupo é responsável por analisar a conduta de agentes que ocupam altos cargos no executivo federal.
Ambos terão mandato de três anos. Portanto, neste período não poderão ser substituídos pelo próximo presidente da República, exceto em caso de renúncia.
Ao todo, sete pessoas compõem a comissão criada em 1999. A publicação com as nomeações saiu em edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta segunda-feira (21).
É papel da Comissão de Ética Pública, por exemplo, verificar situações em que há indícios de conflitos de interesses em decisões tomadas por gestores.
O colegiado também decide sobre a obrigatoriedade de cumprimento de quarentena quando alguns servidores deixam a função para ocupar vaga no mercado privado.
Os dois nomes indicados agora têm proximidade com Bolsonaro.
Antes de assumir a Secretaria de Governo, Célio Faria Júnior foi chefe do gabinete pessoal do presidente da República. João Henrique Nascimento também foi chefe da assessoria especial do Palácio do Planalto.