Castro rebate crítica de Boulos contra megaoperação no Rio

Em agenda no Morro da Lua, na zona sul de São Paulo, Guilherme Boulos disse que os governadores bolsonaristas fazem "demagogia com sangue"

Da CNN Brasil
O governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL-RJ)  • CNN
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O governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL), afirmou que o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), é um "paspalhão".  A declaração, feita durante a 56ª Convenção da Conib (Confederação Israelita do Brasil), que ocorreu na noite de sábado (8), em São Paulo, foi uma reação às críticas de Boulos à Operação Contenção, conduzida no Rio.

"Quem? Esse é um paspalhão. Vambora, próximo", disse Castro, ao ser questionado sobre uma declaração do ministro durante agenda no Morro da Lua. Na ocasião, o membro do PSOL disse que governadores bolsonaristas "preferem fazer demagogia com sangue, ao tratar todo mundo da comunidade como se fosse bandido".

Segundo Boulos, essa é a visão dos governadores Cláudio Castro, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e de outros chefes de Executivo estadual apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Megaoperação no Rio

Guilherme Boulos disse ainda que foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que teve a iniciativa de tentar resolver a questão do crime organizado com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e o Projeto de Lei (PL) Antifacção, que devem ser analisados até o fim do ano pelo Congresso Nacional.

"A gente acredita que o combate ao crime tem que fazer da maneira correta, como a Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, para pegar o peixe grande, não o bagrinho. O peixe grande está na Avenida Faria Lima, não na favela", disse o ministro.

Sobre a megaoperação, realizada no dia 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em centenas de mortos, Castro comentou que "não foi uma operação, foi o início de um movimento".

"O que aconteceu no Rio não foi uma operação, foi o início de um movimento, onde os cidadãos desses estados e do Brasil todo, não aguentam mais essa criminalidade", disse o governador.

*Com informações do jornal Estado de São Paulo