
Confira os candidatos a governos estaduais que darão palanque a Lula, Bolsonaro, Ciro e Tebet
Bolsonaro e Lula já definiram a maior parte de seus palanques estaduais; Ciro e Tebet encontram dificuldades para atrair candidatos
Com o fim das convenções partidárias, os candidatos à Presidência se preparam para rodar o Brasil durante a campanha eleitoral, a partir das alianças que construíram nos estados.
Levantamento da CNN mostra que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) — os mais bem colocados nas pesquisas eleitorais — têm palanques na maior parte dos estados brasileiros.
Enquanto isso, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), os dois únicos candidatos que também pontuam no agregador de pesquisas CNN/Locomotiva, encontram dificuldades para firmar alianças regionais.
Lula definiu palanques em 25 estados e no Distrito Federal até o momento; Bolsonaro, em 24 e no Distrito Federal.
Além de concorrer em chapa pura, Ciro tem dificuldades para encontrar apoios. O pedetista tem palanques em 11 estados e no Distrito Federal.
Simone Tebet sofre com a adesão de candidatos do MDB a Bolsonaro e Lula. Nove estados e o Distrito Federal oferecem palanques à senadora.
Quando o assunto é palanque próprio, Lula e Bolsonaro empatam na liderança, com 13 candidaturas. Em seguida vem Ciro, com 12. Simone Tebet terá apenas quatro nomes da própria legenda trabalhando por sua eleição.
Enquanto Tebet e Ciro acumulam indefinições, Bolsonaro e Lula têm de lidar com questões pontuais. O PL deve decidir em breve os candidatos que apoiará no Amapá e no Sergipe; a pendência do PT está no Pará.
A CNN levantou os palanques estaduais que terão cada um dos quatro presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas eleitorais. Confira:
Força dos partidos
Campanhas presidenciais buscam construir palanques em todo o país. Há casos em que as negociações envolvem o apoio estadual ao candidato de um partido aliado. Em outras vezes as legendas compõem bases de apoio com seus próprios quadros.
Neste ano, o PT tenta manter o poder na Bahia, no Ceará, no Piauí e no Rio Grande do Norte. Além disso, apresenta candidaturas próprias em grandes colégios eleitorais, como São Paulo – estado que nunca governou – e Rio Grande do Sul. No Paraná, a sigla filiou Roberto Requião, um militante histórico do MDB, para assegurar um palanque a Lula.
Partido de Jair Bolsonaro, o PL busca a reeleição apenas no berço político do mandatário, o Rio de Janeiro, com Cláudio Castro. A agremiação aposta ainda em ex-ministros do governo atual para ter palanques em grandes colégios eleitorais – casos da Bahia e do Rio Grande do Sul.
Diante da falta de alianças, o PDT investiu nas candidaturas próprias para sustentar a campanha de Ciro Gomes.
Ainda que o MDB tenha apresentado candidaturas em dez estados, somente quatro apoiam Simone Tebet.
Importância de alianças
Alianças nacionais nem sempre se reproduzem nos estados: nem todos os quadros regionais endossam a preferência nacional de seu partido. Alguns candidatos à Presidência conquistam apoio de siglas que não fazem parte de sua base nacional.
O MDB é um caso emblemático. Embora tenha lançado candidatura própria à Presidência, há mais candidatos do partido que apoiam os dois primeiros colocados nas pesquisas do que Simone Tebet.
De acordo com o levantamento da CNN, candidatos do MDB aos governos de Alagoas, Amazonas e Paraíba subirão ao palanque ao lado de Lula. No Distrito Federal e em Roraima, emedebistas estão com Bolsonaro.
O petista ainda subirá em quatro palanques do PSB, três do PV, dois do Solidariedade e um do PSD. O atual Presidente, por sua vez, tem um leque mais diverso: são três do União Brasil, dois do MDB e um de cada entre PP, PTB, PSDB, PSD, PSC, Republicanos e Solidariedade.
Já Simone Tebet tem mais apoios na federação PSDB-Cidadania do que na própria legenda. Cinco candidatos do PSDB e um do Cidadania deverão dar palanques à senadora.
O PSDB também oferece dois palanques a Ciro Gomes, em Minas Gerais e na Paraíba.
Parcerias indefinidas
No último dia para a oficialização de candidaturas, sexta-feira (5), o PT resolveu uma de suas principais indefinições ao confirmar apoio à candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro.
Com isso, o obstáculo do palanque de Lula está no Pará, estado em que o governador Helder Barbalho (MDB) está indefinido entre o apoio à chapa de sua sigla e a adesão ao ex-Presidente.
Bolsonaro, por sua vez, enfrenta duas indefinições: uma é no Amapá, onde Clécio Luís (SD) tem o PL em seu arco de alianças, mas o PT – agremiação à qual foi filiado – também está nela e seu partido apoia Lula nacionalmente; e a outra acontece no Sergipe, já que Valmir de Francisquinho (PL) foi considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Neste momento, Ciro Gomes e Simone Tebet correm o risco de ficar sem palanques, respectivamente, em 15 e 17 estados.
A partir desta sexta-feira, nenhuma candidatura ou aliança formal para as eleições de 2022 pode ser registrada na Justiça Eleitoral. Nos estados em que restaram impasses, os presidenciáveis e seus partidos ainda podem, no entanto, conduzir negociações “informais” para atrair o apoio de candidatos já lançados por outros partidos.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos – Os candidatos a presidente
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Jair Bolsonaro, presidente do Brasil e candidato à reeleição pelo PL
Crédito: CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 2 de 12
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT
Crédito: Ricardo Stuckert/Divulgação - 3 de 12
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) - 20/07/2022
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 4 de 12
Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência
Crédito: Divulgação/Flickr Simone Tebet - 5 de 12
Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência
Crédito: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 6 de 12
José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Bras - 7 de 12
Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018
Crédito: Romerito Pontes/Divulgação - 8 de 12
Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente
Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021 - 9 de 12
Sofia Manzano (PCB) é pré-candidata à Presidência da República nas eleições de 2022
Crédito: Pedro Afonso de Paula/Divulgação - 10 de 12
Pablo Marçal, candidato à Presidência pelo Pros. Ele é empresário e se filiou ao partido no fim de março de 2022
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 11 de 12
O PTB escolheu o ex-deputado federal Roberto Jefferson como candidato. Condenado em 2012 pelo caso do mensalão, Jefferson está em prisão domiciliar desde janeiro de 2022 por suspeita de ligação com uma milícia digital que atenta contra a democracia, segundo o Supremo Tribunal Federal
Crédito: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO - 12 de 12
Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022
Crédito: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO