CPMI do INSS ainda tem disputa de cargos
Após revés na eleição da presidência, governo e PL disputam vaga na vice-presidência da comissão que investigará fraudes em descontos e empréstimos consignados. A apuração é de Isabel Mega, no CNN Novo Dia
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) enfrenta uma nova disputa interna após a surpreendente definição de sua presidência. Segundo apurado pela analista Isabel Mega, no CNN Novo Dia, o cargo de vice-presidente permanece vago, com governo e PL demonstrando interesse na posição estratégica.
A situação atual reflete um revés para o governo, que inicialmente considerava garantida a eleição de Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência. No entanto, uma articulação da oposição resultou na escolha de Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente, que por sua vez indicou Alfredo Gaspar (União-AL) como relator.
Importância estratégica da vice-presidência
O cargo de vice-presidente é considerado crucial por sua função de conduzir as sessões na ausência do presidente, além de participar ativamente das articulações de bastidores. Para o governo, ter um aliado nessa posição tornou-se ainda mais relevante após perder o comando da comissão para a oposição.
A CPMI iniciará efetivamente seus trabalhos esta semana, mas a definição do vice-presidente deve ficar para a próxima. Enquanto isso, o presidente Carlos Viana e o relator Alfredo Gaspar realizam reuniões para definir o plano de trabalho e a organização das investigações.
Foco das investigações
A comissão concentrará suas investigações em duas frentes principais: os descontos indevidos realizados na folha de aposentados e pensionistas por entidades e sindicatos, e as irregularidades relacionadas aos empréstimos consignados.
Com aproximadamente mil requerimentos já recebidos, a comissão deverá estabelecer critérios de seleção para os depoimentos. O volume de material a ser analisado já indica a possibilidade de prorrogação dos trabalhos da CPMI, mesmo antes de seu início efetivo.