Em maio, PF apreendeu quase R$ 200 mil, entre real e dólar, na casa de Mauro Cid
A PF passou a apurar a origem do dinheiro e investiga possível lavagem de dinheiro
Em 3 de maio deste ano, ao cumprir mandado de busca e apreensão, a Polícia Federal (PF) encontrou US$ 16 mil e US$ 35 mil dólares, cerca de R$ 175 mil pela cotação atual, na casa do tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. O dinheiro em espécie estava em mochilas.
A PF passou, então, a apurar a origem do dinheiro e investiga possível lavagem de dinheiro.
Os investigadores suspeitam que o ex-ajudante de ordem da Presidência da República teria vendido e depois recomprado um relógio Rolex avaliado em US$ 60 mil (quase R$ 300 mil pela cotação atual do dólar) e recebido o dinheiro em espécie em troca, conforme apuração do analista da CNN Gustavo Uribe. O objeto seria presente para o governo brasileiro.
VÍDEO: PF apura se Cid teria vendido e recomprado Rolex presenteado pela Arábia Saudita
Nesta sexta-feira (11), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra o general Mauro César Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Cid (filho) também é alvo da PF.
A operação também ocorre contra o ex-advogado de Jair Bolsonaro Frederick Wassef, que seria um elo entre compra e venda de objetos valiosos, segundo fontes.
Apuração da CNN mostra que o pai do tenente-coronel era o responsável por tentar vender as joias em Miami, nos Estados Unidos. O tenente do Exército Osmar Crivelatti, outro ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também foi alvo da operação.
Segundo a PF, os militares e Wassef são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues de presente por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens em países do exterior.
A investigação apontou, até o momento, que os valores obtidos dessas vendas ilegais foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados.
A defesa de Cid preferiu não comentar o caso.