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    Estudo mostra que ministros do STF podem demorar mais de 2 anos entre decisão individual e análise no plenário

    Dados apresentados em 2018 foram incluídos na discussão da PEC dos Poderes no Senado

    Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em sessão.
    Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em sessão. Nelson Jr./SCO/STF

    Leandro Resende

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    Um estudo elaborado pelos pesquisadores Diego Arguelhes e Leandro Ribeiro, publicado em 2018 na revista Novos Estudos Cebrap, analisou o período entre 2012 e 2016 no Supremo Tribunal Federal e mostrou que foram tomadas 80 decisões monocráticas, em média, pelos ministros do STF.

    O tempo médio entre uma decisão monocrática e a análise do colegiado, ou seja, dos demais ministros, foi de até 797 dias em média.

    Para os pesquisadores, isso cria um cenário em que a supervisão do plenário do STF sobre uma decisão seja “opcional”, tendo em vista que o longo período entre uma decisão monocrática com efeitos imediatos e uma análise da Suprema Corte como um todo possa criar um “fato consumado”.

    O argumento foi incorporado à discussão e à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que está em discussão no Senado.

    “O tempo decorrido e a perspectiva de que um pronunciamento colegiado contrário à cautelar monocrática gere instabilidade decisória e insegurança jurídica estimulam a criação de um fato consumado”, diz a proposta do Senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), com base no estudo publicado em 2018.

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