Flávio agradece Trump e diz que Bolsonaro deve ser julgado "nas urnas"

Filho do ex-presidente disse que ações contra ex-presidente são “caça às bruxas” e reforçou discurso de perseguição política

João Rosa, da CNN, Brasília
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)  • Andressa Anholete/Agência Senado
Compartilhar matéria

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) agradeceu nesta segunda-feira (7) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que saiu em defesa de Jair Bolsonaro (PL).

“Obrigado, presidente @realDonaldTrump. Sempre em defesa da democracia e da liberdade de expressão!”, afirmou o senador em uma publicação nas redes sociais.

Flávio também afirmou que Bolsonaro deveria ser julgado nas urnas, pelos brasileiros, e não por instâncias judiciais.

“Trump está certo: quem deve julgar Bolsonaro são os brasileiros nas urnas. Não se trata de justiça, se trata de uma verdadeira caça às bruxas contra quem ousou enfrentar o sistema e governar pelo povo”, complementou o senador.

Nesta segunda-feira, Trump usou as redes sociais para dizer que o líder da direita brasileira é, assim como ele, alvo de perseguição política. No mesmo post, Trump pede para que "deixem Bolsonaro em paz".

 

 

À CNN, Bolsonaro disse ter recebido "com alegria" a manifestação do presidente americano.

“[Recebi essa manifestação] Com alegria. Trump é um grande chefe de Estado com o qual convivi por dois anos, sempre defendendo nossas nações e a liberdade”, disse o ex-presidente.

Jair Bolsonaro é acusado por cinco crimes na ação que tramita no STF, entre eles organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e golpe de Estado.

Caso seja condenado, o ex-presidente pode pegar até 39 anos de prisão, segundo especialistas consultados pela CNN antes do julgamento.

Bolsonaro está inelegível até 2030 após julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. O motivo é a realização de uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, em que o então presidente atacou, sem provas, o sistema eleitoral.

Posteriormente, Bolsonaro foi condenado novamente à inelegibilidade pelo TSE, desta vez por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, durante a campanha eleitoral.