Flávio Bolsonaro diz ser "um erro retirar" mandatos de Eduardo e Ramagem

Senador diz que parlamentares são vítimas de perseguição política

Poliana Santos, da CNN Brasil, São Paulo
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)  • Carlos Moura/Agência Senado
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O senador e pré-candidato à Presidência Flávio Bolsonaro (PL) classificou, nesta quinta-feira (18), como um erro a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de declarar a perda dos mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Segundo Flávio, os dois deputados são alvos de perseguição política e estão fora do país por causa do que chamou de “bizarro sistema persecutório vigente” no Brasil.

A decisão de Hugo Motta tem como base a Constituição, que prevê a perda de mandato para parlamentares que se ausentarem de mais de um terço das sessões deliberativas.

Autoexilado nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano, Eduardo Bolsonaro acumula 59 ausências não justificadas no plenário.

Já Alexandre Ramagem teve a perda de mandato determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) após condenação no âmbito da investigação da trama golpista. O deputado está nos Estados Unidos desde setembro e ainda não foi preso.

Em publicação no X (antigo Twitter), Flávio questionou a aplicação das regras de forma rígida. “Há casos e casos. Se um parlamentar fosse sequestrado por grupo terrorista por longo tempo e excedesse o limite de faltas, também perderia o mandato? Ou sofresse um acidente e ficasse inconsciente por meses num hospital?”, escreveu.

O senador também criticou a diferença de tratamento entre os Poderes e questionou por que magistrados podem trabalhar remotamente, enquanto parlamentares não. “Usam a criatividade para o mal, mas para o certo… de um lado bom senso, do outro coragem. Força, Eduardo e Ramagem”, concluiu.