Governo libera R$ 27,4 milhões para reforçar segurança do STF

Secretaria de Segurança do STF havia apresentado um plano de reforço após atentado com bomba no ano passado, mas disse não ter orçamento para executar as medidas
Isabella Cavalcante, da CNN, Brasília
Fachada do STF iluminada de vermelho em homenagem ao Dia Mundial do Doador de Sangue
Fachada do STF iluminada de vermelho em homenagem ao Dia Mundial do Doador de Sangue  • 14/06/2024 - Antonio Augusto/STF
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O governo federal liberou R$ 27,4 milhões em favor do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte reforce a segurança do prédio, na Praça dos Três Poderes. A liberação ocorreu por meio de medida provisória, publicada em Diário Oficial da União (DOU), desa quinta-feira (17).

Os recursos foram um pedido do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, após o atentado na frente do tribunal com bomba em novembro do ano passado.

A demanda do Supremo ocorreu de forma unânime, em julgamento virtual, em dezembro passado. Coube a Barro encaminhar o pedido ao Executivo.

Conforme adiantado pela CNN, o dinheiro será usado para:

  • Nomeação de 40 agentes de Polícia Judicial: R$ 7.083.692,00
  • 1 solução antidrone: R$ 12 milhões
  • 1 drone autônomo: R$ 150 mil
  • 2 câmeras termais: R$ 120 mil
  • 10 pinos hidráulicos: R$ 1.2 milhão
  • 3 guaritas: R$ 30 mil
  • 1 espectrômetro de massa: R$ 95 mil
  • 60.000 munições de treino: R$ 360 mil
  • 19 conjuntos de aparelhos de raio-X e pórticos detectores de metais: R$ 5,7 milhões
  • 1 licença de software de segurança: R$ 221,8 mil
  • 70 rádios comunicadores: R$ 425 mil
  • 75 coldres e porta carregadores: R$ 56 mil

Secretaria de Polícia Judicial

Durante o julgamento do ano passado, o STF também alterou o nome da Secretaria de Segurança do STF para Secretaria de Polícia Judicial. A mudança foi feita "seguindo tendência de outros tribunais e ressignificando as atividades da unidade".

A secretaria apresentou a Barroso um estudo em que analisa o cenário de segurança do tribunal depois do atentado de novembro. A conclusão foi pela necessidade de reforço do efetivo de policiais judiciais e de compra de equipamentos para mitigar os riscos à segurança do tribunal.

No entanto, foi informado ao presidente do Supremo que não havia disponibilidade orçamentária para isso, impulsionando que os ministros fizessem o pedido de maior repasse para o governo federal.