Governo vem errando na política econômica, diz Sóstenes
Líder do PL na Câmara critica aumento de impostos e defende redução de gastos públicos após derrota do governo em votação da MP do IOF
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, criticou a condução da política econômica brasileira após a derrota do governo na votação da medida provisória do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A votação resultou em 251 votos contrários e 67 ausências, totalizando 318 parlamentares em oposição à proposta.
Ao Bastidores CNN, Sóstenes destacou que o governo tem aumentado impostos em média a cada 40 dias, com mais de 30 novos tributos implementados. Segundo ele, caso a MP do IOF fosse aprovada, seriam acrescentados outros 10 impostos para os brasileiros. "O governo quer vender para a sociedade que a economia brasileira vai bem, mas não vai. No último mês foi o maior déficit em um só mês da dívida pública brasileira", afirmou.
Críticas à gestão de emendas
Entre os motivos para a derrota do governo, Cavalcante apontou o não pagamento de emendas impositivas desde 2023 e o baixo percentual de execução em 2024, que não chega a 30% dos pagamentos previstos. Além disso, criticou as promessas de emendas extras aos partidos de centro, classificando-as como "um verdadeiro cheque sem fundo".
Propostas de redução de gastos
O parlamentar defendeu a redução do tamanho da máquina pública como solução para os problemas fiscais. "Nós sempre seremos a favor de reduzir o tamanho da máquina pública. O governo precisa reduzir seus gastos, começando pelo executivo, diminuindo o número de ministérios, passando pente fino em fraudes em programas sociais e diminuindo viagens internacionais", declarou.
Cavalcante também ressaltou que tanto o Poder Judiciário quanto o Legislativo precisam contribuir com a diminuição dos gastos públicos, argumentando que o país não pode continuar com o que ele caracteriza como "irresponsabilidade fiscal" dos últimos três anos.