Imagens mostram Cid com mochila em aeroporto após “operação resgate” de joias sauditas
Circuito de segurança do aeroporto de Brasília registrou o militar em 28 de março deste ano
Imagens do circuito de segurança do Aeroporto Internacional de Brasília mostram o tenente-coronel Mauro Cid desembarcando no Brasil com uma mochila um dia após realizar a “operação resgate” apontada pela Polícia Federal (PF) para reaver o ‘kit ouro branco’ de joias sauditas que, segundo a PF, havia sido vendido nos Estados Unidos.
As imagens são de 28 de março deste ano, às 7h14, da área de desembarque internacional. A PF aponta que as joias recuperadas estavam nessa mochila, com exceção do Rolex, recuperado em outro dia.
O circuito mostra Mauro Cid na área de segurança, depois ele passa pelo scanner de segurança, carrega a mochila e, por fim, já na área externa do aeroporto. O trâmite durou dois minutos.
VÍDEO: Mauro Cid levou itens para vender nos EUA no avião presidencial de Bolsonaro, diz PF
A CNN apurou que Cid viajou de Orlando para Brasília pelo voo 7601.
Para a PF, o militar Osmar Crivelatti, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), estava esperando Cid para receber o pacote de joias e, posteriormente, devolver ao Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou a inserção dos itens ao patrimônio público.
Mensagens mostram que os dois se falaram antes da viagem para combinar o encontro e que Cid tinha receio de ser parado com as joias sem cadastro.
Às 17h50 do dia 27, Cid enviou a Crivelatti a seguinte mensagem: “Manda cópia do cadastro dos presentes”. Crivelatti pergunta: “Desse aí?”. Cid retorna: “Isso. Caso seja parado amanhã”. Crivelatti respondeu com “ok”, mas que não conseguiu achar.
A PF diz que os documentos a que Cid se referia eram os que comprovariam o registro dos bens no acervo privado do ex-presidente Jair Bolsonaro
para apresentá-los caso fosse parado em alguma fiscalização no aeroporto.
Às 22h38, Mauro Cid então embarca e avisa Crivelatti: “Previsão de pouso 6h45”. E recebe o retorno: “Estarei lá”.
Na mochila entregue a Crivelatti estariam parte dos itens do ‘kit ouro branco’, que era o anel, as abotoaduras e um rosário islâmico. Já o relógio da marca Rolex, também parte do kit e vendido por cerca de R$ 345 mil, teria sido recuperado pelo advogado Frederick Wassef e devolvido no dia 2 de abril.
A PF concluiu a cronologia com a entrega do pacote completo no dia 4 de abril, quando os advogados de Bolsonaro entregaram os objetos valiosos em uma agência da Caixa na Asa Sul de Brasília por determinação do TCU.
A CNN não conseguiu contato com a defesa de Mauro Cid. Já Wassef negou que tenha participado de qualquer ação para compra ou recompra de joias. E que é alvo de campanha de fake news. Em nota, os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos”.
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Escultura de árvore dourada recebida por Bolsonaro em viagem ao Oriente Médio • Reprodução/Polícia Federal
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Escultura de barco dourado recebida por Bolsonaro em viagem ao Oriente Médio • Reprodução/Polícia Federal
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Conjunto de itens masculinos da marca Chopard intitulado "kit rose" • Reprodução/Polícia Federal
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Relógio do conjunto de itens masculinos da marca Chopard intitulado "kit rose" • Reprodução/Polícia Federal
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Abotoaduras do conjunto de itens masculinos da marca Chopard intitulado "kit rose" • Reprodução/Polícia Federal
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Rosário árabe (masbaha) do conjunto de itens masculinos da marca Chopard intitulado "kit rose" • Reprodução/Polícia Federal
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Anel do conjunto de itens masculinos da marca Chopard intitulado "kit rose" • Reprodução/Polícia Federal
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Conjunto de joias contento um anel, abotoaduras, rosário islâmico (masbaha) e um relógio de ouro branco da marca Rolex • Reprodução/Polícia Federal
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Anel de ouro branco do segundo conjunto de joias • Reprodução/Polícia Federal
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Rolex de ouro branco citado como parte do segundo conjunto de joias • Reprodução/Polícia Federal