"Indústria dos cortes": TSE irá julgar estratégia de campanha de Marçal

Tribunal Superior Eleitoral analisará estratégia do ex-candidato à Prefeitura de São Paulo que promoveu concurso remunerado de cortes de vídeos para redes sociais; Apuração é de Luísa Martins no Bastidores CNN

Da CNN Brasil
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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se prepara para julgar a chamada "indústria dos cortes", estratégia de campanha utilizada por Pablo Marçal durante as eleições municipais de 2024 em São Paulo, enquanto concorria pelo PRTB. O caso ganhou notoriedade após o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) confirmar, na última quinta-feira (4), a inelegibilidade do ex-candidato por oito anos, conforme explicou a apuração de Luísa Martins no Bastidores CNN.

Marçal foi condenado por abuso dos meios de comunicação devido à promoção de um concurso que oferecia pagamentos para criadores de conteúdo que produzissem cortes de vídeos monetizados para redes sociais. A estratégia, considerada peculiar e específica de sua campanha à Prefeitura de São Paulo, consistia em recompensar financeiramente quem impulsionasse sua candidatura através de plataformas digitais.

O TRE-SP manteve a decisão de primeira instância por um placar apertado de 4 a 3, entendendo que a legislação eleitoral proíbe expressamente a remuneração, monetização ou concessão de vantagens econômicas para veiculação de propaganda eleitoral na internet. Além da inelegibilidade, o tribunal também condenou Marçal ao pagamento de multa no valor de R$ 450 mil.

Recurso ao TSE e impacto para eleições futuras

A assessoria de Pablo Marçal já confirmou que irá recorrer da decisão ao TSE. O caso ganha relevância adicional por estabelecer precedentes sobre o uso de estratégias digitais em campanhas eleitorais. A Corte Superior deverá definir parâmetros que poderão balizar as eleições de 2026, em um cenário onde os desafios relacionados às redes sociais se tornam cada vez mais complexos.

O julgamento no TSE poderá criar jurisprudência sobre os limites do uso remunerado de conteúdos em plataformas digitais durante períodos eleitorais, especialmente considerando a crescente influência das redes sociais nos processos democráticos. A decisão final terá impacto significativo não apenas para Marçal, mas também para o estabelecimento de regras claras sobre estratégias de comunicação digital em futuras eleições brasileiras.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.