'Invoice apresentava mais erros do que a média': frases de William Santana à CPI

Depoimento do técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde encerrou a décima semana de trabalhos da comissão

Renato Barcellos, da CNN, em São Paulo
Técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde William Santana
  • Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia encerrou sua décima semana de trabalhos, nesta sexta-feira (9), ouvindo o técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde William Amorim Santana.

Nas declarações iniciais, William Santana apontou que, apesar das seguidas solicitações de alterações de erros encontrados nas invoices (faturas) enviadas pela Precisa Medicamentos ao Ministério, a empresa deixou de corrigir erros como a forma de pagamento antecipada e a presença da Madison Biotech, ambos aspectos não presentes no contrato original. 

Ao longo do depoimento, o técnico da divisão de importação afirmou que é comum ter erros em invoices enviadas ao seu setor, mas que esse caso "apresentava mais erros do que a média normal".

Por pertencer a uma área técnica específica, Santana não soube dizer porque a Madison Biotech ainda constava na terceira invoice - a última que efetivamente passou por sua revisão antes da aprovação. "Se a área de fiscalização deu a anuência, eu não tenho o que fazer. Eu liguei para a fiscal, pedi que ela verificasse essas divergências", declarou.

O funcionário da Saúde também disse que ouviu relatos do chefe dele, Luis Ricardo Miranda, alegando sofrer pressões para acelerar a negociação para aquisição da Covaxin. Embora não tenha dita quem pressionava Miranda, William Santana informou que o chefe dele era subordinado a Alex Leal Marinho.

Confira as principais frases de William Santana durante a comissão desta sexta (9):