Justiça Eleitoral reforça controle hacker na briga contra descrédito das urnas

Meta é proteger a credibilidade da eleição no Brasil e evitar atrasos na divulgação dos resultados, como ocorreu no primeiro turno

Basília Rodrigues, da CNN
Funcionários do TRE lacram urnas para eleição municipal em Campinas
Funcionários do TRE lacram urnas para eleição municipal  • Foto: Denny Cesare/Codigo19/Estadão Conteúdo (1º.nov.2020)
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Na briga contra a campanha de difamação das urnas eletrônicas, a Justiça Eleitoral promoveu um reforço no sistema contra ataques virtuais nos últimos dias.

Além disso, foram feitos testes com 24 estados, onde haverá eleições municipais, neste domingo. De acordo com o TSE, os testes foram presenciais.

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A missão é proteger a credibilidade das urnas e evitar atrasos. No primeiro turno, a aferição dos votos demorou duas a três horas em alguns municípios. Para um sistema reconhecido pela rapidez, o atraso arranhou a imagem das urnas - o que foi turbinado por publicações de fake news e manifestações de políticos na internet.

A demora, de acordo com o TSE, não teve relação com o ataque hacker mas com uma sobrecarga no sistema. Por isso, dessa vez, foram feitos mais testes.

Polícia Federal
O diretor geral da PF, Rolando Alexandre, estará reunido nesta tarde com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso, para repassar um balanço das ações de segurança, dentro e fora do ambiente virtual. Haverá, como previsto, uma entrevista ao final da votação com a participação da PF para explicar como foram as eleições.

Neste sábado, um jovem de 19 anos foi preso em Portugal acusado de invadir o sistema do TSE e acessar dados administrativos datados de 2001 a 2020. No dia do primeiro turno, ele teria tentado acessar dados eleitorais, mas não conseguido.

Um inquérito da Polícia Federal apura o caso.