Lula: Fico preocupado com o que está por trás na crise EUA x Venezuela

Em coletiva, presidente afirmou ter conversado com Maduro e Trump sobre tensões entre os países, destacando que diplomacia é mais eficaz para o conflito

Da CNN Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua preocupação sobre possíveis interesses não revelados acerca das tensões entre Estados Unidos e Venezuela. Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (18), ele relatou conversas recentes tanto com Nicolás Maduro quanto com Donald Trump sobre o cenário.

Lula afirmou que Maduro compartilhou detalhes da conversa que teve com Trump, mas preferiu não revelar o conteúdo específico dessas comunicações.

"Ele me contou a conversa que ele teve com o Trump, ele me colocou quais foram as coisas colocadas pelo Trump, que eu peço permissão para não dizer, porque quem tem que dizer é ele, não sou eu", declarou.

O brasileiro demonstrou ceticismo quanto aos motivos reais da crise. "Eu fico sempre preocupado do que está por trás, porque não pode ser apenas a questão de derrubar o Maduro. Quais são os interesses outros que a gente ainda não sabe?", questionou.

Histórico de mediações e críticas ao conflito

Lula também recordou seus esforços anteriores para mediar conflitos entre Venezuela e Estados Unidos. Durante o pronunciamento, Lula relembrou suas tentativas de reconciliar Hugo Chávez e George W. Bush, apontando contradições nas relações comerciais entre os países apesar da retórica hostil.

"Eu até brincava com o Bush, com o Chávez. Eu falava para o Chávez: 'essa briga de vocês não é verdadeira, porque se o Bush quisesse brigar com você de verdade, ele estancava a importação do petróleo de vocês'", relatou.

O brasileiro criticou a postura de líderes que necessitam de inimigos para fazer política, afirmando que sua abordagem é diferente. "Tem gente que, para fazer política, tem que ter um inimigo. Aqui no Brasil já teve muita gente assim. E eu não sou de fazer política procurando inimigo. Eu sou de fazer política procurando soluções para os problemas", destacou.

Ao final, Lula se colocou à disposição para contribuir com uma solução pacífica, defendendo o uso da diplomacia em vez de armas. "Se os problemas que estão em litígio é os que aparecem na imprensa, não há porquê utilizar a arma. Não há porquê. É importante utilizar a diplomacia que dá muito mais resultado", concluiu.

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