Lula reúne ministros para debater PEC da Segurança

Segundo Lewandowski, o texto deve ser debatido com os chefes dos Três Poderes antes de ser enviado ao Congresso

Da CNN Brasil, Brasília
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, esteve presente na reunião  • Mateus Bonomi/Anadolu Agency via Getty Images
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta quarta-feira (7), com ministros para tratar sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

O texto, que entre outras medidas inclui a Polícia Federal no combate ao crime organizado, está sob análise de Lula.

Participaram da reunião:

  • o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin;
  • o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski;
  • o ministro da Casa Civil, Rui Costa;
  • o ministro dos Transportes, Renan Filho;
  • o ministro da Educação, Camilo Santana;
  • o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias;
  • o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes;
  • o advogado-geral da União, Jorge Messias,
  • e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues.

Os ministros chamados para a reunião são ex-governadores. O Lula já tinha dito que ia pedir a opinião deles, por isso, convidou pastas não relacionadas com segurança pública para o encontro. A reunião durou cerca de três horas.

Após a reunião, Lewandowski disse que, antes de ser enviado ao Congresso, o texto deve ser debatido com os chefes dos Poderes.

“O presidente decidiu ampliar o debate. Pretende fazer uma discussão com todos os governadores e com os chefes dos Poderes. Antes de se formalizar a proposta, o debate deve acontecer”, comentou o ministro. Segundo ele, não é possível fixar uma data para esses debates acontecerem.

A CNN apurou que a proposta prevê incluir na legislação, de forma explícita, a ampliação da competência da PF para atuar contra milícias e facções criminosas. A mudança permitirá que a corporação possa atuar também em crimes de repercussão internacional.

A proposta também pretende ampliar a atuação da Polícia Rodoviária Federal, expandindo a fiscalização para hidrovia e ferrovia.