Lula sanciona lei que proíbe testes cosméticos em animais

Autoridades sanitárias terão um prazo de dois anos para implementar a nova legislação

Laura Molfese, da CNN*, São Paulo
É sancionada a lei que proíbe testes cosméticos e animais  • Siqui Sanchez/The Image Bank RF/Getty Images
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou na quarta-feira (30) a lei que proíbe o uso de animais vivos em testes de laboratório para a fabricação de produtos cosméticos, de higiene pessoal e perfumes. 

“A gente conseguiu sancionar uma lei que defende a soberania animal. As criaturas de Deus que têm como habitat natural o planeta Terra não vão ser mais cobaias de experiências nesse país”, comentou Lula. 

A proposta altera as leis 11.794/08 e 6.360/76, que regulamentavam os testes científicos com animais. 

Agora, as autoridades sanitárias terão um prazo de dois anos para adotar medidas que monitorem a disseminação da prática no país. 

A norma estabelece que os produtos desenvolvidos antes da implementação poderão ser comercializados. 

A lei foi sancionada em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença das ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos e da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. 

A proposta, de autoria do ex-deputado Ricardo Izar (SP), já havia sido aprovada pela Câmara em 2014, mas retornou à pauta neste mês, após alterações do Senado.   

O projeto manteve as multas previstas na legislação para quem violar as regras: de R$ 5 mil a R$ 20 mil para instituições e de R$ 1 mil a R$ 5 mil para pessoas físicas. O texto inicial, que aumentava os valores das penalidades (de R$50 mil a R$ 500 mil para empresas e R$ 1 mil a R$ 50 mil para pessoas físicas), foi excluído do projeto. 

*Sob supervisão de Renata Souza