Michelle diz que teve Fusca revistado para ver se Bolsonaro estava no carro
Inspeção teria ocorrido antes que o automóvel fosse levado a uma oficina, segundo a ex-primeira-dama
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) relatou, em publicação nas redes sociais na terça-feira (9), que teve seu veículo Volkswagen Fusca revistado para ver se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava no interior do carro. Segundo Michelle, a inspeção ocorreu antes que o automóvel fosse levado a uma oficina.
"Vocês acham que, na frente de um Fusca - onde fica o estepe - cabe um homem de 1,85? Pois bem, hoje meu fusquinha foi para a oficina e tivemos que abrir a frente só para conferir se o Jair não estava escondido lá! Do jeito que andam as coisas, daqui a pouco pedem até para abrir o porta-luvas. Vai que, né?", escreveu a ex-primeira-dama.
Na postagem, Michelle anexou também uma imagem em que o veículo, de cor bege, aparece com as tampas do motor (na parte traseira) e do porta-malas abertas.
Prisão domiciliar
Bolsonaro teve sua prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), em 4 de agosto. Na ocasião, o magistrado argumentou que o ex-mandatário havia reiteradamente descumprido medidas cautelares impostas pelo Supremo.
A residência onde o ex-chefe do Executivo cumpre prisão está localizada num condomínio de luxo do Jardim Botânico, área nobre de Brasília. A casa, cujo aluguel é pago pelo PL (Partido Liberal), fica a cerca de dez quilômetros e a 20 minutos de distância do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
Na residência, moram Bolsonaro, Michelle, a filha do casal e uma enteada do ex-presidente. No final de agosto, Moraes atendeu a um pedido do diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues, e determinou um reforço de policiamento na casa.
Em ofício enviado à Suprema Corte, a PF pediu "reforço urgente e imediato" de policiamento no entorno da residência de Bolsonaro, assim como a manutenção e constante checagem da tornozeleira eletrônica utilizada pelo ex-presidente.
(Com informações de Davi Vittorazzi, Douglas Porto, Gabriela Boechat e Leonardo Ribbeiro)