Ministério das Comunicações administrará publicidade oficial, Correios e EBC
O novo Ministério das Comunicações incorporará toda a estrutura da antiga pasta, que havia sido incorporada à pasta da Ciência e Tecnologia (MCTI)
Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), publicada na noite desta quarta-feira (10), foi oficializada a recriação do Ministério das Comunicações, que será comandado pelo deputado federal Fábio Faria (PSD-RN). A decisão foi emitida por meio de uma Medida Provisória (MP) e passa a vigorar com força de lei, mas posteriormente precisará ser aprovada pelo Congresso.
Com a medida, o governo federal passa a ter 23 ministérios. As Comunicações faziam, até então, parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que seguirá comandado pelo astronauta Marcos Pontes.
Leia também:
Nomeação de Fábio Faria é jogada mais arrojada de Bolsonaro na politica
Novo ministro é considerado indicação pessoal de Bolsonaro
Estrutura
O novo Ministério das Comunicações incorporará toda a estrutura da antiga pasta, que havia sido incorporada à pasta da Ciência e Tecnologia (MCTI), mais as funções da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). A pasta também vai dirigir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal responsável, entre outras coisas, pela TV Brasil e pela Agência Brasil.
No que dizia respeito ao MCTI, o novo ministro Fábio Faria será responsável pelas áreas de telecomunicações, radiodifusão e serviços postais. Portanto, entram em seu guarda-chuva o controle de outras áreas, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e os Correios.
Já em relação à Secom, o ministro assume a parte de publicidade oficial e a realização de pesquisas de opinião pública. A secretaria especial era vinculada à Secretaria de Governo, dirigida pelo ministro Luiz Eduardo Ramos.
De acordo com Bolsonaro, o novo Ministério das Comunicações não representará custos para o governo, uma vez que a sua estrutura vai reaproveitar cargos já existentes na Secom e no Ministério da Ciência e Tecnologia. O único cargo novo seria, portanto, o de ministro das Comunicações. Mesmo assim, argumenta o presidente, não haveria custo adicional uma vez que Fábio Faria já tem direito ao salário de deputado federal.