Novo chama de “perseguição política” pedido de suspensão contra Van Hattem

Deputado está entre 14 parlamentares cujos nomes foram enviados à Corregedoria para apurar possíveis punições pela ocupação da Mesa Diretora

Vitória Queiroz, da CNN, Brasília
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tenta acessar cadeira da presidência, ocupada pelo deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS)
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tenta acessar cadeira da presidência, ocupada pelo deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS)  • Youtube/Câmara dos Deputados
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O partido Novo classificou a representação encaminhada pela Mesa da Câmara à Corregedoria Parlamentar contra o deputado Marcel van Hattem como "abusiva", em nota divulgada neste sábado (9).

O nome de Marcel van Hattem e de outros 13 parlamentares constam nas representações encaminhadas pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), à Corregedoria Parlamentar, que irá analisar as denúncias contra deputados por envolvimento na ocupação do plenário da Casa.

"O presidente da Câmara, Hugo Motta, encaminhou essa representação abusiva, assim como as apresentadas contra outros parlamentares da oposição, à Corregedoria da Casa", diz a nota do Novo.

O deputado Marcel van Hattem também foi alvo de pedido de suspensão do mandato por seis meses feito por líderes da base do governo.

"O Novo repudia veementemente essa tentativa de perseguição política e reafirma seu compromisso com a igualdade perante a lei. Seguiremos firmes na defesa da democracia e na luta para que as regras sejam iguais para todos, sem exceção", afirma a legenda.

Na avaliação do partido, a obstrução parlamentar é um "instrumento legítimo e tradicional do jogo político". Na nota, a legenda classificou a representação como "perseguição política".

Entre os motivos que levaram à obstrução do plenário da Câmara pela oposição, estão a defesa do projeto da anistia para acusados do 8 de janeiro e da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que visa acabar com o foro privilegiado.

"A obstrução parlamentar é um instrumento legítimo e tradicional do jogo político, amplamente usado pela esquerda quando era oposição, sem qualquer sanção. O que antes era encarado como parte da democracia, agora tornou-se motivo para perseguição severa, atingindo não apenas os parlamentares, mas milhares de brasileiros que eles representam", diz.

Em nota, Marcel van Hattem disse que a Corregedoria da Casa deve arquivar “imediatamente” as representações. Para o congressista, o pedido de suspensão do mandato é um “absurdo”.

“É um absurdo o que o PT e os partidos do governo estão fazendo contra uma manifestação pacífica, com uma série de representações tentando silenciar a oposição. A Mesa Diretora tomou a única atitude possível ao encaminhar o caso à Corregedoria da Casa, para que ela arquive imediatamente todas essas representações”, disse Marcel van Hattem.

Veja a íntegra da nota do Novo

"O líder do Novo na Câmara, deputado Marcel van Hattem, foi alvo de pedido de suspensão do mandato por seis meses feito por líderes da base do governo Lula. O presidente da Câmara, Hugo Motta, encaminhou essa representação abusiva, assim como as apresentadas contra outros parlamentares da oposição, à Corregedoria da Casa."

A medida foi motivada pela participação do parlamentar, junto à oposição, na obstrução dos trabalhos da Câmara dos Deputados em defesa da anistia e fim do foro, pautas apoiadas pela maioria do Parlamento, mas rejeitada pela liderança da Casa."

A obstrução parlamentar é um instrumento legítimo e tradicional do jogo político, amplamente usado pela esquerda quando era oposição, sem qualquer sanção. O que antes era encarado como parte da democracia, agora tornou-se motivo para perseguição severa, atingindo não apenas os parlamentares, mas milhares de brasileiros que eles representam."

O Novo repudia veementemente essa tentativa de perseguição política e reafirma seu compromisso com a igualdade perante a lei. Seguiremos firmes na defesa da democracia e na luta para que as regras sejam iguais para todos, sem exceção."