O Grande Debate: Bolsonaro acertou ou errou ao escolher Flávio?
Pesquisa Genial/Quaest traz que 54% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente errou ao indicar o filho
Os deputados federais Bia Kicis (PL-DF) e Chico Alencar (PSOL-RJ) discutiram, nesta terça-feira (16), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acertou ou errou ao escolher o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para disputar a Presidência da República.
Segundo uma pesquisa Genial/Quaest, 54% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro errou ao indicar o filho, já 36% consideram que o ex-mandatário acertou.
Bia Kicis avalia que Bolsonaro acertou.
“O presidente está preso e o que a gente estava percebendo, e eu acho que ele percebeu também, é que estava havendo um movimento meio que de esquecimento do presidente. O presidente esquecido na prisão e vários partidos que se diziam aliados trabalhando para que ele indicasse um outro candidato, alguém que representasse mais o centro”, disse.
“O que o presidente deve ter pensado? Querem os meus votos, mas não querem me ver na cédula, na votação. Por que ele podia pensar isso? Porque ninguém trabalhou seriamente pela anistia. Se os aliados quisessem o Bolsonaro competitivo ou que ele pudesse indicar alguém da família, teriam brigado pela anistia e não foi isso o que aconteceu. Então, ele mexeu no tabuleiro”, continuou.
Chico Alencar avalia que a escolha não deveria caber a Bolsonaro.
“A gente tem que se livrar da visão monárquica ou das capitanias hereditárias que vigoraram no Brasil a partir de 1534. Isso de uma pessoa, por mais liderança que tenha, e tem sim na direita, uma pessoa imbuída da sua condição de mito, de infalível, [...] ela escolher quem vai ser candidato à Presidência, enfraquece a ideia de democracia”, defendeu.
“A escolha tem que ser de partidos, coligados se for o caso, em assembleias, com delegados, com discussão, com plataforma mínima para o Brasil. Agora não, isso é, na minha visão, uma distorção completa da ideia de democracia, que ainda é muito frágil no Brasil. Por isso que a gente fica nesses personalismos, lulismo, bolsonarismo, não deveria existir isso”, prosseguiu.


