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    Oposição teme que fala sobre morte de Lula vire “brecha” para retaliação

    Nesta quarta-feira (9), deputado Gilvan da Federa (PL-ES) disse que "exagerou" ao proferir fala sobre presidente

    Rebeca Borgesda CNN , Brasília

    Após o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) afirmar que deseja a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), membros da oposição avaliam que a fala pode “abrir brechas” para ações do Judiciário contra discursos de parlamentares de direita.

    Integrantes do PL ouvidos pela CNN classificaram a fala de Gilvan como “horrível”. Parlamentares da sigla não descartam a possibilidade do tema ser abordado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante reunião do Colégio de Líderes na quinta-feira (10).

    Desde que assumiu a presidente da Casa, Motta tem se posicionado contra discussões e comportamentos agressivos dos parlamentares nas dependências da Câmara.

    Em sessão na Comissão de Segurança da Câmara na terça-feira (8), Gilvan afirmou que desejava a morte de Lula. ” Quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Porque nem o diabo quer o Lula”, disse o deputado.

    Ele foi relator de um projeto que proíbe o uso de armas por seguranças pessoais do presidente e de ministros. A proposta foi aprovada pelo colegiado e ainda será analisada por outras duas comissões.

    Nesta quarta, Gilvan afirmou que “exagerou” ao desejar a morte do presidente. “Não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Lula deveria pagar pelos seus crimes, deveria estar preso, e por tudo que ele fez de mal ao nosso país. Mas reconheço que exagerei na minha fala”, disse no plenário da Câmara.

    Reações

    Na terça, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou uma notícia de fato à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar as falas de Gilvan da Federal.

    Nesta quarta, o Partido dos Trabalhadores acionou o Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. A representação foi assinada pelo líder do partido na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ).

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