“Os movimentos sociais querem mais contato direto com Lula em 2024”, diz coordenadora do MST à CNN
Fala acontece após João Pedro Stédile, líder do movimento, publicar um vídeo nas redes sociais com reclamações duras sobre o governo federal
Após o líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, publicar um vídeo nas redes sociais com reclamações duras sobre o governo federal, a entidade agora cobra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantenha um contato mais direto com os movimentos sociais em 2024.
“Há uma demanda popular dos movimentos sociais por mais contato direto com o presidente Lula em 2024. Queremos contar com o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) para ser o mediador da reforma agrária e levar essa agenda para o centro do governo”, disse à CNN Ceres Hadish, integrante da direção nacional e responsável pelo escritório do MST.
Ainda segundo a dirigente, o MST pretende neste ano usar um “calendário orgânico de lutas” para “pressionar o governo a ampliar o número de assentamentos”.
“Faremos ocupações de terra, marchas, festivais de reforma agrária e em julho teremos o nosso 7° Congresso Nacional neste ano que celebramos os 40 anos do movimento. O ano passado foi de retomada e reconstrução, mas ficou aquém da demanda histórica do movimento”, disse Ceres.
Segundo ela, foram assentadas 7.000 famílias, mas a grande maioria delas vieram de processos de regularização que estavam parados desde o governo Dilma Rousseff (PT). Hoje há um passivo de 65 famílias e a meta do MST é assentar 200 mil famílias em quatro anos.
A CNN entrou em contato com o ministro Paulo Teixeira, que não comentou a declaração até o momento.